GOMA (Reuters) – Os Estados Unidos disseram a Ruanda que estavam “profundamente preocupados” com a queda de Goma, no leste do Congo, para os rebeldes M23, apoiados por Ruanda, que na quarta-feira pareciam ter consolidado o controle sobre a cidade de quase 2 milhões de habitantes em apenas dois dias.
Explosões isoladas de tiros soaram em alguns bairros periféricos da cidade à beira do lago, onde a invasão rebelde de segunda-feira deixou corpos espalhados pelas ruas, hospitais sobrecarregados e as forças de paz da ONU abrigadas em suas bases.
Os rebeldes M23 tomaram o aeroporto internacional da cidade na terça-feira, o que pode interromper a principal rota de ajuda para centenas de milhares de pessoas deslocadas no leste da República Democrática do Congo, onde o conflito vem ocorrendo há décadas.
Washington instou o Conselho de Segurança da ONU na terça-feira a considerar medidas não especificadas para interromper a ofensiva, e a União Africana exigiu a retirada imediata do M23 das áreas ocupadas.
Em uma postagem no X, o presidente de Ruanda, Paul Kagame, disse que concordou com a necessidade de um cessar-fogo em uma ligação telefônica com o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, mas não deu nenhuma indicação de ceder às exigências de retirada de Goma.
Rubio afirmou a Kagame que Washington estava “profundamente preocupada” com a escalada, que é a pior em mais de uma década, e pediu respeito pela “integridade territorial soberana”, disse o Departamento de Estado dos EUA em um comunicado.
Por Yassin Kombi e Sonia Rolley
Reuters