Huambo – Cento e oitenta casos de lepra foram registados, em 2024 na província do Huambo, contra 163 diagnosticados em 2023, soube a ANGOP.
Os doentes de lepra residem nos municípios do Bailundo, Caála, Cachiungo, Chicala-Cholohanga, Ecunha, Huambo, Londuimbali, Mungo e Ucuma.
Os dados foram divulgados, segunda-feira, pelo supervisor das doenças tropicais negligenciadas na província do Huambo, Almiro Cassinda Capamba, no final da campanha de sensibilização sobre o tratamento da lepra e o combate à discriminação social, decorrida na vila municipal do Mungo, nos corredores Norte da província do Huambo.
O responsável informou que dos 180 casos registados, 117 tiveram cura (contra 61 do igual período), sendo os municípios do Cachiungo e Mungo os mais preocupantes, com um registo de 2.3 por cento em cada mil habitantes.
Realçou que a taxa de abandono do tratamento reduziu, significativamente, em 2024, com apenas um caso, contra 13 registadas em 2023.
Almiro Capamba alertou para a necessidade de todas as forças vivas da sociedade estarem envolvidas na prevenção da lepra e, consequentemente, participarem no combate à discriminação social, para o tratamento eficiente.
Prometeu maior desempenho das autoridades sanitárias no tratamento da doença e a distribuição periódica de medicamentos.
Por sua parte, a administradora adjunta para área Política, Social e das Comunidades do município do Mungo, Elizabeth Napassa Cinco Reis Canfundala, solicitou a participação das famílias na prevenção da lepra, na perspectiva de se evitar a proliferação na municipalidade.
Disse ser fundamental juntar as igrejas, os sobas e os partidos políticos com assento no Parlamento nas acções de sensibilização e prevenção, para além do reforço da fiscalização sanitária.
Recomendou trabalhos conjuntos de identificação da doença nas comunidades, para o tratamento precoce dentro das orientações médicas e desaconselhou auto-medicação.
A lepra é uma doença infecciosa causada pela bactéria “Mycobacterium Leprae” ou bacilo de Hansen que causa lesões de pele e danos aos nervos.
Os sintomas desta doença se manifestam com o surgimento de manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas na pele, com maior visibilidade nas mãos, pés, pernas, nádegas, costas e face que, normalmente, provoca alterações da sensibilidade térmica no local das manchas.
ANGOP