Maputo, (Lusa) – Moçambique gastou 353,9 milhões de dólares (339,5 milhões de euros) em importação de arroz nos primeiros nove meses de 2024, mais do que nos quatro anos anteriores, segundo dados do Banco de Moçambique.
Segundo um relatório estatístico do banco central, com o volume de importações do país de janeiro a setembro de 2024, a importação de arroz foram superiores ao total dos anos de 2023, de 317,7 milhões de dólares (304,8 milhões de euros), de 2022, no valor de 288,4 milhões de dólares (276,7 milhões de euros), de 2021, que ascenderam a 342,3 milhões de dólares (328,4 milhões de euros), e de 2020, que atingiram os 227,8 milhões de dólares (218,5 milhões de euros).
Só em bens de consumo, Moçambique importou 6.455 milhões de dólares (6.195 milhões de euros) em nove meses, quando em todo o ano de 2023 esse valor ascendeu a 9.179 milhões de dólares (8.809 milhões de euros), segundo o mesmo relatório.
A produção moçambicana dos principais cereais recuou em 2023, nomeadamente de milho, que caiu num ano 11%, e de arroz, que desceu 34%, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística de Moçambique (INE).
De acordo com o relatório do INE, que detalha a produção dos principais cereais em Moçambique, o país produziu em 2023 2.124.749 toneladas de milho, contra as 2.382.511 toneladas em 2022.
Ainda assim, trata-se de um registo acima dos anos anteriores – com exceção de 2022 -, que segundo o INE foi de 1.836.925 toneladas de milho em 2021, 1.632.321 toneladas em 2020 e 1.451.686 toneladas em 2019.
A província de Tete liderou em 2023 na produção de milho, com 501.080 toneladas, seguida de Manica, ambas no centro do país, com 398.619 toneladas.
Já a produção moçambicana de arroz caiu em 2023 para 161.829 toneladas, contra 245.792 toneladas no ano anterior. Essa produção foi ainda a mais baixa dos últimos cinco anos, segundo o histórico disponibilizado pelo INE.
A província da Zambézia, centro do país, liderou em 2023 na produção de arroz em Moçambique, 48.537 toneladas, seguida de Gaza, no sul, com 40.946 toneladas.
O relatório aponta igualmente quebras na produção de outros dois cereais de referência no país, casos de mapira, que recuou 15%, para 139.553 toneladas em 2023, e de mexoeira, que caiu 32%, para 17.098 toneladas.
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