Huambo – O ministro de Estado para a Coordenação Económica, José de Lima Massano, considerou, esta sexta-feira, no Huambo, o Corredor do Lobito suporte para a diversificação da economia nacional e alcance da segurança alimentar.
O ministro do Estado, que falava na abertura do Fórum de Oportunidades e Negócios ao Longo do Corredor do Lobito, adiantou ser por esta razão que o Executivo projectou, para este empreendimento, uma rede de plataformas logísticas e zonas de processamento agro-alimentar.
Sublinhou ser esta a primeira fase de desenvolvimento do Corredor do Lobito, depois de se ter feito a totalização do investimento público e, também, privado do próprio caminho-de-ferro.
José de Lima Massano sinalizou que a Plataforma Logística da Caála constitui a primeira projectada e que começa já a dar os primeiros resultados, mas ainda assim o Executivo iniciou com soluções transitórias para que tenha o pleno funcionamento.
Assinalou que o Corredor de Lobito constitui um projecto estruturante de grande abrangência e alcance, que se afigura como uma das principais apostas do Governo de Angola, no âmbito da execução do Plano de Desenvolvimento Nacional 2023-2027.
Afirmou que o Corredor do Lobito se tem revelado, particularmente, importante na conjugação de interesses económicos, entre países africanos, no âmbito da construção da Zona de Comércio Livre Continental, podendo, inclusive, potenciar a transformação local de recursos naturais, não apenas minerais, mas agregando valor à economia.
Referiu que o projecto conta com o apoio de países “irmãos” como a República Democrática do Congo e a Zâmbia, mas, também, de governos de um pouco por todo o mundo, com realce para os Estados Unidos da América, a União Europeia e de instituições financeiras multilaterais, onde se destacam as africanas, que têm estado a colocar recursos para o apoio a iniciativas ao longo do Corredor do Lobito.
Em sua opinião, uma rede eficiente de transporte e logística é sempre um elemento central de combatividade das economias, facilita a distribuição de bens, o acesso ao mercado e consumidores geograficamente distantes, bem como a mobilidade de mão-de-obra.
Para o ministro de estado, o corredor tem estado a ganhar visibilidade no contexto internacional, enquanto gerador de oportunidades, pois dispõe de infra-estruturas de transporte de logística em zona que se estende até à fronteira com as repúblicas Democrática do Congo e da Zâmbia.
Salientou que ao longo de todo o seu percurso existem terras aráveis, pontos de energia eléctrica, abundância da água, juventude a procura de oportunidade, ou seja, tem-se os elementos essenciais para proporcionar desenvolvimento e bem-estar.
José de Lima Massano mencionou que o fórum pretende realçar estas oportunidades relacionadas com o agro-negócio, em todas as suas dimensões, assim como o agro-industrial, na perspectiva da segurança alimentar, servindo as necessidades do país.
O fórum está a reflectir em torno de três painéis, designadamente “ O Plano de Desenvolvimento ao longo do Corredor do Lobito – infra-estrutura”, “Corredor do Lobito, hoje – Sector Produtivo” e as “Facilidades e Financiamento”.
O evento conta com as presenças dos ministros das obras Públicas, Urbanismo e Habitação, Carlos dos Santos, e dos Transportes, Ricardo Abreu, assim como dos secretários do Presidente da República para o sector Produtivo, João Nkosi, e para os assuntos Económicos, Milton Reis.
Participam, igualmente, os secretários de Estado das Finanças, do Planeamento, da Saúde, Industria, da Energia e do Ambiente, incluindo o governador da província do Moxico-Leste, Crispiniano do Santos, e investidores nacionais e estrangeiros.
ANGOP