JERUSALÉM/TEL AVIV/GAZA (Reuters) – O grupo militante Hamas disse nesta quinta-feira que está pronto para iniciar conversações sobre a segunda fase do cessar-fogo em Gaza, depois que várias centenas de palestinos foram libertados das prisões israelenses durante a noite em troca dos corpos de quatro reféns israelenses.
Foi a troca final da primeira fase de seis semanas de um cessar-fogo entre Hamas e Israel em Gaza que entrou em vigor em 19 de janeiro.
Israel afirmou na manhã de quinta-feira que três dos reféns cujos corpos foram recebidos durante a noite foram assassinados em cativeiro e o quarto havia sido morto no dia do ataque do Hamas a Israel em outubro de 2023, que precipitou a guerra.
Não houve resposta imediata do Hamas à alegação de que os reféns foram mortos em cativeiro. O grupo já havia negado o assassinato de reféns e disse que alguns morrreram em decorrência de bombardeios israelenses.
As conversas ainda não começaram em uma segunda fase do cessar-fogo, que deve levar, em última instância, a um fim permanente da guerra que destruiu grande parte do enclave.
O governo de Israel enfrenta pressão pública para manter o cessar-fogo e libertar os reféns restantes, enquanto alguns membros do governo de direita querem voltar à guerra para cumprir seu objetivo de erradicar o Hamas.
As condições terríveis dos reféns entregues nas últimas semanas, incluindo alguns que pareciam estar definhando e outros, incluindo um bebê que Israel diz ter sido assassinado, intensificaram a fúria pública em Israel, impactando potencialmente as negociações para estender a trégua.
O Hamas disse na quinta-feira que a única maneira de libertar os reféns restantes em Gaza é por meio do compromisso com o cessar-fogo.
“Renovamos nosso compromisso total com o acordo de cessar-fogo e confirmamos nossa disposição de entrar em negociações para a segunda fase do acordo”, declarou o grupo em um comunicado.
Há 54 reféns ainda detidos em Gaza. As autoridades israelenses acreditam que menos da metade ainda está viva.
(Reportagem de Rami Amichay, Nafisa Eltahir, Yomna Ehab, Maayan Lubell, Ali Sawafta, Nidal al-Mughrabi, Ahmed Tolba e Alexander Cornwell)