Reconversão agro-alimentar recebe contribuições da região Centro/Sul

Huambo – A elaboração da Estratégia Nacional de Reconversão do Sistema Agro-alimentare 2026-2035, alinhado ao programa de desenvolvimento da agricultura em África, recebe, desde hoje, quarta-feira, em consulta pública, as contribuições dos intervenientes do sector na região Centro/Sul.

A elaboração da reconversão agro-alimentar, com uma duração três meses, numa iniciativa do Ministério da Agricultura e Florestas, decorre no auditório do Governo da província do Huambo, no quadro do programa da segurança alimentar nacional, com a participação de produtores, empresários, parceiros e membros do governo de Benguela, Bié e Cuanza-Sul.

Para hoje, o evento reserva abordagens sobre os “Sistemas Agro-alimentares em Angola 2026-2035”, “Intensificação da Produção Sustentável de Alimentos, a Agro-indústria e o Comércio” e “Impulsionar o Investimento e o Financiamento para Acelerar a Transformação dos Sistemas Agro-Alimentares”.

Em declarações à imprensa, o chefe do departamento de Pecuária da direcção nacional da Agricultura, Silva Virgílio, disse que as contribuições multissectoriais vão permitir a reconstrução dos sistemas da reconversão alimentar em Angola.

Informou que o tema vai continuar a receber contribuições, nos próximos três meses, com o objectivo mitigar os constrangimentos da cadeia de produção, desde as infra-estruturas, estradas, comércio de proximidade e a fraca industrialização, pois Angola tem todas as condições favoráveis para relançar a agricultura

Ao discursar na abertura, o vice-governador para o sector Político, Social e Económico da província do Huambo, Angelino Elavoco, enalteceu o Ministério da Agricultura e Florestas por submeter ao escrutínio dos diversos actores a estratégia que vai mudar o quadro actual sobre a produção dos alimentos.

Reconheceu que a agricultura, apesar de ser um sector vital para a economia nacional, ainda enfrenta desafios que impactam a segurança alimentar, como a falta de tecnologia, gestão inadequada dos recursos hídricos, alterações climáticas, uso inadequado dos fertilizantes, dificuldades no acesso ao crédito, entre outros.

Por isso, considerou oportuno a discussão do tema, para acelerar a forma de produzir alimentos, principalmente, da agricultura e pecuária, tornando os processos mais eficientes e sustentáveis, que garantam uma rápida transição, a escala nacional, de uma agricultura meramente de subsistência para a comercial.

Esta perspectiva, segundo Angelino Elavoco, é a condição vital para que a agricultura desempenhe o seu papel no combate à pobreza e na erradicação da fome, sobretudo, no meio rural onde mais de 90 por cento da população sobrevive de pequenas culturas.

Para o comprimento deste desiderato, entende ser necessário promover a produção interna, com base no uso de tecnologia adaptada à realidade nacional, uso de fertilizantes e correctivos dos solos, participação das micros, pequenas e médias empresas na transformação dos produtos e a maior assistência técnica e reforço da investigação agrária.

Até ao momento, foram realizadas consultas públicas para a Elaboração da Estratégia Nacional de Reconversão dos Sistemas Agro-alimentares 2026-2035 em Luanda e na região Norte, numa altura que acto idêntico decorre na Huíla e Malanje.

ANGOP

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