ANAC quer mais mulheres na aviação

Talatona – A Agência Nacional da Aviação Civil (ANAC) lançou hoje, em Luanda, um programa inovador que visa promover o bem-estar e a inclusão das mulheres no sector da aviação, com o objectivo de alcançar 25% da participação feminina nos próximos anos.

O anúncio foi feito pela presidente do conselho de administração da ANAC, Amélia Kuvingua, durante um workshop subordinado ao tema “Mulheres e Meninas: Direitos, Igualdade e Empoderamento”.

Na ocasião, sublinhou que actualmente 29,1% das mulheres licenciadas seguem carreira no sector, um número que demonstra avanços, mas que ainda enfrenta desafios estruturais, como a falta de escolas especializadas no país e barreiras financeiras para a formação na área.

“Na aviação civil, não se trata apenas de ser piloto ou mecânico. Existem diversas áreas a serem exploradas, mas o factor financeiro muitas vezes dificulta a formação”, disse.

De acordo com a PCA, a ANAC lançará um manifesto sobre inclusão e bem-estar no sector, e espera a adesão de entidades públicas e privadas.

Para si, embora não haja um prazo definido, a meta é alcançar progressos concretos na representatividade feminina na aviação.

“A participação das mulheres na aviação em África é de apenas 6%, e o programa visa aproximar Angola da meta dos 25%”, disse.

A responsável explicou que para se ter acesso ao programa e obter mais informações, as interessadas podem inscrever-se no site oficial: www.anacmulher.com.

Por sua vez, o secretário de Estado para os sectores da Aviação Civil, Marítimo e Portuário, Rui Carreira, reforçou que o sector da aviação ainda é predominantemente masculino e que a iniciativa busca quebrar tabus e preconceitos sobre o papel das mulheres.

“Precisamos mostrar à sociedade que as mulheres podem exercer qualquer actividade aeronáutica e garantir que tenham as mesmas oportunidades de capacitação”, disse.

Acrescentou que a formação continua a ser um desafio, sublinhando que o governo já implementa iniciativas para promover maior equilíbrio do género no sector.

De realçar que o ponto alto do programa será a assinatura de um protocolo, no dia 31 de Julho de 2025, unindo diversas entidades do sector, para formalizar um compromisso duradouro com a inclusão feminina na aviação civil.

O governante afirmou que esta iniciativa representa um passo importante para alinhar às melhores práticas internacionais, e promover um sector mais inclusivo e acessível para as mulheres.

ANGOP

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