Bissau, (Lusa) – O Presidente da Guiné-Bissau considerou hoje a Liga Guineense dos Direitos Humanos “um partido político”, pela forma como tem sido dirigida pelo atual líder, o jurista Bubacar Turé.
“[A] Liga dos Direitos Humanos é um partido político. Mas, a culpa é do Procurador-Geral da República que deve averiguar a escritura da Liga, o seu objeto e ver se está tudo conforme, se não, é só extinguir a Liga”, afirmou Umaro Sissoco Embaló.
Em declarações aos jornalistas à saída da reunião semanal do Conselho de Ministros, o chefe de Estado comentou o facto do Ministério Público ter intimado a depor, hoje, o presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos para esclarecer as suas recentes afirmações.
Bubacar Turé afirmou na semana passada que todos os doentes em tratamento no primeiro centro de hemodiálise da Guiné-Bissau, no Simão Mendes, principal hospital do país, morreram.
Umaro Sissoco Embaló garantiu que aquelas revelações são falsas e instou Bubacar Turé a prová-las na Justiça.
“Bubacar foi muito infantil e irresponsável. Ninguém o vai tratar fora da lei. Se isso acontecer, ele que apresente queixa na justiça”, sublinhou o Presidente guineense.
Bubacar Turé encontra-se no interior da Guiné-Bissau em missão de serviço, mas a direção da Liga pediu o adiamento da sessão para permitir que Turé chegue a Bissau, disseram fontes da organização cuja atuação Sissoco Embaló questiona.
“A Liga protege a toda a gente. Nisso estamos de acordo, mas fazer esse trabalho como o Bubacar está a fazer, isso não é correto”, observou Embaló.
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