Luanda – Mil 950 jovens angolanos já aderiram, até ao momento, às candidaturas ao Projecto 10 mil Bolsas de Estudo para formação superior em Universidades Brasileiras, informou, neste sábado, o seu porta-voz em Angola, Américo Tomás.
Ao falar à imprensa no âmbito do encerramento da primeira fase do aludido Projecto 10 mil Bolsas de Estudo, a fonte mostrou-se feliz por através deste processo terem devolvido o sorriso ao rosto de vários jovens angolanos.
Com o término do processo de inscrição, frisou, a fase posterior será marcada com o início dos serviços internos administrativos, no qual serão observados os requisitos para levar os jovens seleccionados para o Brasil.
As 10 mil bolsas são para serem geridas entre 05 a 10 anos, sendo que, nesta primeira fase, a organização tenciona levar 1.000 jovens apenas para o Brasil e deixar em volta 300 e 500 jovens a trabalho, a estudar de forma remota em Angola.
Após passagens por Lubango (Huíla), Benguela e Luena (Moxico) em Janeiro de 2025, o IPIL – Instituto Politécnico Industrial de Luanda (Ex Makarenko), na capital do país, foi a última paragem, onde se inscreveram desde 26 de Fevereiro até 19 de Março último candidatos das Províncias de Luanda, Bengo, Malanje, Cuanza Norte, Icolo e Bengo e Uíge.
Em Janeiro de 2026, tenciona-se voltar o mesmo processo e passar às demais províncias de Angola não contempladas este ano (2025) e dar oportunidade igual aos outros jovens.
Entre os cursos disponívesis, constam o de Administração, Ciências Contábeis, Direito, Enfermagem, Educação Física, Farmácia, Gestão Pública, Letras, Logística, Nutrição, Pedagogia, Engenharia Civil e da Computação.
Está disponível ainda formação em Mecânica, Biomédicina, Segurança Pública, Serviços Sociais, Psicologia e Recursos Humanos.
A bolsa terá uma cobertura de 80% de garantia de pagamento, sendo que os 20% comparticipados ou por encarregados de educação ou por alguns eventuais parceiros voluntários a serem mobilizados pela organização que podem abraçar a causa como empresários sobretudo, empresas públicas e privadas, de acordo com a fonte.
“Mas, por enquanto, os jovens devem, de alguma forma, arranjar meios de se manter no Brasil até que esses parceiros abraçem a causa e começem a pagar os 20%”, esclareceu Américo Tomás.
Conforme o director nacional da Juventude, José da Silva Mateus, a iniciativa do Fórum Internacional de Jovens com as Embaixadas (FIJE) encontra algum enquadramento e acolhimento no plano de desenvolvimento dessa franja, recentemente aprovado no eixo ligado à promoção da inserção da classe na vida activa.
ANGOP