Fiéis fazem fila para prestar homenagens ao papa Francisco

CIDADE DO VATICANO (Reuters) – A Basílica de São Pedro fechou suas portas brevemente nas primeiras horas da manhã e depois abriu novamente nesta quinta-feira para receber multidões de fiéis de todo o mundo que faziam fila para prestar suas últimas homenagens ao papa Francisco.

Cerca de 61.000 pessoas passaram pelo caixão aberto do falecido e prestaram suas homenagens ao papa desde que ele foi colocado na basílica na quarta-feira, antes do funeral no sábado, segundo as autoridades do Vaticano.

As filas estavam se formando por cerca de 2 km ao norte do Vaticano, com algumas pessoas relatando esperas de cerca de três horas para entrar na basílica.

Francisco morreu aos 88 anos na manhã de segunda-feira em seus aposentos na casa Santa Marta, no Vaticano, tendo saído recentemente do hospital após cinco semanas de tratamento para pneumonia dupla.

“Ele era um papa maravilhoso”, disse Alessandra Caccamo, moradora de Roma, enquanto fazia fila do lado de fora do Vaticano. “Vou sentir muita falta dele, porque é como se eu tivesse perdido um pedaço de mim.”

A basílica estava inicialmente programada para fechar à meia-noite de quarta-feira, mas devido ao tamanho da multidão, as autoridades a mantiveram aberta até 5h30, antes de reabrir às 7h.

O chefe da equipe médica do pontífice disse em entrevistas publicadas na quinta-feira que Francisco morreu rapidamente de um derrame inesperado, sem sofrer dor excessiva.

“Entrei em seus aposentos e ele (Francisco) estava com os olhos abertos”, disse Sergio Alfieri ao jornal Corriere della Sera.

“Verifiquei que não havia problemas respiratórios. E então tentei chamar seu nome, mas ele não me respondeu.”

“Naquele momento, eu soube que não havia mais nada a fazer”, completou Alfieri.

PLANOS PARA O FUNERAL

Mais de 170 delegações, incluindo chefes de Estado e de governo, inclusive o presidente dos EUA, Donald Trump, são esperados na Praça de São Pedro para a cerimônia fúnebre de sábado, com milhões de pessoas assistindo pela televisão em todo o mundo.

Francisco, que era argentino e foi o primeiro papa não europeu em 1.300 anos, teve um papado de 12 anos frequentemente turbulento, no qual entrou em conflito repetidamente com os tradicionalistas da Igreja e defendeu os pobres e marginalizados.

“Um capítulo da história da Igreja foi encerrado”, disse o cardeal Gerhard Ludwig Mueller ao jornal italiano La Repubblica em uma entrevista publicada na quinta-feira.

Mueller é um dos 135 cardeais com direito a voto no conclave secreto que será realizado no próximo mês para eleger o 267º pontífice da Igreja. Ex-chefe do escritório de doutrina do Vaticano, Mueller é conhecido por seus pontos de vista tradicionalistas e frequentemente entrava em conflito com Francisco.

O cardeal alemão afirmou que havia um “apreço unânime” pelo trabalho do falecido papa em relação aos imigrantes e aos pobres. No entanto, ele disse que a tarefa era escolher um sucessor de São Pedro, o primeiro papa, em vez de Francisco, indicando que ele defende uma mudança de direção.

Por Joshua McElwee e Giulia Segreti

Reuters

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