KIEV (Reuters) – A delegação de Kiev, em uma reunião com aliados em Londres esta semana, reafirmou os princípios nos quais as negociações para encerrar a guerra da Rússia na Ucrânia se baseiam, incluindo nunca reconhecer qualquer parte do território ucraniano como russo, disse porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia na sexta-feira.
O porta-voz Heorhii Tykhyi declarou em um briefing para os aliados do país, que a delegação ucraniana também descartou permitir que qualquer país tenha poder de veto sobre quais alianças a Ucrânia pode fazer e não permitiria que restrições fossem impostas às suas Forças Armadas.
O presidente Volodymyr Zelenskiy disse na quinta-feira que as conversas entre autoridades ucranianas e ocidentais em Londres na quarta-feira não foram “fáceis”, mas “construtivas”.
“Nenhum terceiro país tem o direito de vetar a escolha de alianças e parcerias da Ucrânia”, afirmou Tykhyi.
A Ucrânia tem dito que quer se juntar à Otan e vê a adesão como uma garantia contra qualquer ação agressiva da Rússia, que invadiu a Ucrânia em 2022.
Moscou afirma que a Ucrânia não deve se juntar à Otan e pediu que a Ucrânia seja desmilitarizada.
Zelenskiy reiterou esta semana que a Ucrânia não reconheceria a ocupação russa da Crimeia, que foi anexada por Moscou em 2014. Ele foi criticado no dia seguinte pelo presidente dos EUA, Donald Trump, que busca um fim rápido para a guerra na Ucrânia.
(Reportagem de Anastasiia Malenko)
