Acordo com EUA é “boa notícia”, mas tarifas continuam mais altas, diz presidente do BC britânico

LONDRES (Reuters) – O presidente do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey, disse que o acordo comercial entre os EUA e o Reino Unido foi positivo, mas ainda deixou as tarifas sobre a maioria das exportações de produtos britânicos mais altas do que eram antes do mês passado.

Antes de os detalhes do acordo serem anunciados na quinta-feira, o Banco da Inglaterra publicou estimativas mostrando que os planos tarifários do presidente dos EUA, Donald Trump, a partir de 29 de abril, encolherão a economia britânica em cerca de 0,3% em três anos.

Cerca de dois terços do impacto se devem ao efeito indireto das tarifas dos EUA sobre outros parceiros comerciais do Reino Unido, e não às tarifas impostas diretamente sobre as exportações britânicas.

Segundo o acordo firmado na quinta-feira, os EUA continuarão impondo uma nova tarifa de 10% sobre as importações da maioria dos produtos britânicos, mas reduzirão as taxas mais altas sobre as importações de carros, aço e alumínio britânicos.

“É uma boa notícia. Devo dizer que é uma ‘boa notícia’ em um mundo em que a taxa tarifária efetiva será maior do que era antes de tudo isso começar. Acho que precisamos ter isso em mente”, disse Bailey em uma conferência de economia em Reykjavik.

Bailey falou várias vezes sobre seu desejo de preservar um sistema de comércio global aberto e, ao mesmo tempo, lidar com os persistentes grandes superávits comerciais mantidos por alguns países.

Nesta sexta-feira, a BBC publicou uma entrevista com Bailey, na qual ele disse que o Reino Unido deveria fazer “tudo o que pudermos” para reverter a queda nas exportações de mercadorias para a União Europeia, que se seguiu à saída britânica do bloco em 2020.

Embora as exportações de mercadorias não representem uma parcela tão grande da economia britânica quanto a de outros países, o Reino Unido está mais exposta do que muitos à saúde da economia global, disse Bailey.

“O impacto de todos esses desenvolvimentos na frente comercial sobre as perspectivas do Reino Unido está condicionado, portanto, não apenas ao acordo comercial do Reino Unido, mas também ao que o resto do mundo concordar”, acrescentou ele em Reykjavik.

Por David Milliken

 

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