Filme angolano “Onde está Deus?” estreia no Centro Cultural

Huambo – O filme angolano “Onde está Deus?”, do realizador António Guimarães e produtor TP Films, gravado no Huambo, estreou-se sábado, à noite, no Centro Cultural Manuel Rui Monteiro, numa sessão bastante concorrida pelos amantes da sétima arte.

O filme angolano de 1hora e 20 minutos, gravado e produzido em três anos, contou com a participação de 40 actores angolanos e portugueses, com destaque para Tomás Ferreira, Alexa Tomás, Nelson Nhanga, Carina Carvalheda, Yara Mosquito, Alexandre Canguenha e Pablo Ouro.

A obra cinematográfica, cujo primeiro trailer foi disponibilizado ao público em 2023, será, também, exibida, este ano, nas diversas salas de cinema do país, assim como pela plataforma streaming da Netflix e outras.

Do género híbrido (drama e suspense) a mesma foi filmada e gravada na estufa fria, Cemitério Municipal do Huambo, entre outros escombros, florestas e infra-estruturas da parte alta e baixa da cidade do Huambo.

Em declarações à ANGOP, o realizador António Guimarães disse que o enredo gira em torno de uma seita que quer matar jovens mulheres para rituais satânicos, com Deus a intervir por meio de uma jovem escritora no lapso da morte, para destruir o desígnio do diabo naquela cidade cristã.

Por sua vez, o director do gabinete da Cultura e Turismo da província do Huambo, Jeremias Piedade Chissanga, disse que o sentimento é de alegria, pois, nos últimos tempos, o Governo local tem reunido esforços e recursos para o resgate do cinema na região, que tem tradição na sétima arte.

Reconheceu a qualidade do filme “Onde está Deus?”, que, para quem assiste, nem acredita que foi filmado e gravado na província do Huambo, demonstrando a qualidade e a criatividade dos actores, produtores e realizadores locais.

O percurso cinematográfico do realizador António Guimarães e do seu produtor Tp Films começa em 2013, com o primeiro projecto intitulado “Fantasma de Abena”.

Em 2017, seguiu-se o filme “Nós Diabólicos”, “Nascidos no Escuro”, em 2019, e “O Poder”, em 2024, este último escrito no festival de cinema da América Latina.

ANGOP

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