Agentes culturais abordam papel do turismo na divulgação da cultura

Malanje – O papel do turismo na divulgação da cultura local, assim como a descolonização das referências coloniais, foram analisados hoje, nesta cidade, por membros da sociedade civil e agentes culturais, com vista a promoção dos aspectos identitários da província.

Os debates que aconteceram durante um workshop que debruçou sobre o papel dos líderes africanos na consolidação da consciência patriótica, visou elucidar os cidadãos sobre a necessidade da valorização da cultura angolana.

O evento marcou a abertura das jornadas comemorativas do Dia da Cultura Nacional, a assinalar-se a 8 deste mês, sob o lema “Angola 50 anos: Preservar e valorizar as conquistas alcançadas, construindo um futuro melhor”.

O director do Gabinete Provincial da Cultura, Turismo, Juventude e Desportos, Veloso Dala disse que o Governo tem empreendido esforços no sentido de promover a cultura local através do turismo, criando aliança entre os dois sectores e consequentemente alavancar a economia.

Frisou que fruto dessas e outras acções, Malanje detém actualmente o título de capital do turismo em Angola, resultado da conquista do prémio Bolsa Internacional de Turismo (BITUR), realizada em 2023, na província da Huíla.

Ao dissertar o tema “O papel do turismo na divulgação da cultura local”, o chefe de Departamento Provincial do Turismo, Carlos Filipe reiterou que a actividade turística tem contribuído significativa na expansão da cultura angolana além fronteiras, na medida em que turistas estrangeiros tendem a levar para as suas origens e promover a troca de experiência sobre determinados aspectos culturais.

Apontou o papel que a Família Tucker tem desempenhado neste sentido, fruto das várias visitas que já efectuou a Malanje, levando a cultura angolana e sobretudo malanjina aos Estados Unidos da América, onde se encontra radicada.

O historiador e antropólogo Filipe Vidal, que dissertou a “descolonização das referências coloniais e o papel dos líderes africanos na consolidação da consciência patriótica”, defendeu a necessidade de promoção cada vez mais do africanismo, com vista a se desconstruir ideias inferiores de África em relação ao ocidente e as potenciais mundiais.

Com isso, realçou, os cidadãos poderão ajudar a fomentar o patriotismo e valorização dos recursos humanos e minerais de África, mas que servem outros continentes, para além de continuar a estimular a descolonização e travar outras tendências sobre a África, que demonstram superioridade, sobretudo por parte dos europeus.

O workshop culminou com debates sobre as questões africanas, turismo e cultura, para além de momentos culturais.

O dia da cultura nacional, foi instituído em Novembro de 1986, em homenagem ao primeiro discurso sobre a cultura nacional, proferido pelo primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto, em 1979, na tomada de posse dos corpos gerentes da União dos Escritores Angolanos, em Luanda.

A data visa a valorização dos aspectos culturais e cada etapa da sua evolução.

ANGOP

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