Mbanza Kongo – A secretária provincial da Organização da Mulher Angolana (OMA) no Zaire, Isabel Deviya Luvenga, exortou esta terça-feira, em Mbanza Kongo, os alunos a denunciarem às autoridades competentes os eventuais casos de assédio sexual que ocorrem nas instituições de ensino.
A dirigente da ala feminina do MPLA fez esse apelo ao tomar a palavra na palestra subordinada ao tema “Assédio sexual nas escolas e nas redes sociais”, dirigida aos alunos da escola primária nº 67, da aldeia do Kinzau, município de Mbanza Kongo, no âmbito da jornada “Março Mulher”.
De acordo com a responsável, os pais e encarregados de educação devem manter um diálogo aberto e sem tabus com os seus educandos, ouvindo as suas inquietações sobre o processo de ensino e aprendizagem.
Para a dirigente da OMA na região, uma das formas de combater o assédio sexual nas escolas e nas redes sociais é fomentar o diálogo entre os pais e as crianças, visando pôr cobro a este fenómeno que, nos dias que correm, ganha contornos alarmantes na sociedade angolana.
Sem avançar dados estatísticos, a fonte acrescentou existirem alguns relatos de abandono escolar por parte de muitas alunas, devido a supostos casos de assédio sexual em estabelecimento de ensino da região.
Isabel Deviya fez saber que este fenómeno não acontece apenas com as raparigas, mas, também, com os rapazes que muitas vezes são seduzidos por algumas professoras.
Na ocasião, a secretária da OMA no Zaire encorajou os pais e encarregados de educação para um acompanhamento minucioso dos seus educandos, para debelar esse mal.
Durante a palestra, bastante concorrida, os alunos e alguns pais e encarregados de educação foram esclarecidos sobre os sinais, perigos e as consequências do assédio sexual nas escolas e nas redes sociais.
A aldeia do Kinzau dista a cerca de 15 km a norte da cidade de Mbanza Kongo, capital da província do Zaire.
ANGOP
