RIO DE JANEIRO (Reuters) – O técnico italiano Carlo Ancelotti foi apresentado nesta segunda-feira como novo comandante da seleção brasileira, com a missão de recuperar o time de um momento difícil e prepará-lo para buscar o hexacampeonato mundial na Copa do Mundo de 2026.
O ex-treinador do Real Madrid, Carlo Ancelotti, que desembarcou na noite de domingo no Rio de Janeiro, disse que se sente orgulhoso e honrado em dirigir o Brasil. Ele vai estrear à frente da equipe contra Equador e Paraguai, pelas eliminatórias do Mundial, em junho.
“É uma honra e um orgulho comandar a melhor seleção do mundo. Tenho diante de mim um grande trabalho”, afirmou o italiano em entrevista coletiva na sede da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
“Vamos trabalhar para que o Brasil volte a ser campeão. Vamos juntos, precisamos de todos vocês”, acrescentou o técnico, antes de anunciar sua primeira lista de convocados.
Ancelotti foi recepcionado pelo ex-técnico do Brasil Luiz Felipe Scolari, e também recebeu as boas-vindas de diversas celebridades esportivas brasileiras por meio de vídeo.
“Estou contente, o desafio é muito grande. Sempre tive uma conexão especial com essa seleção”, afirmou o italiano, que já treinou diversos jogadores brasileiros ao longo da carreira, além de ter jogado ao lado de outros em seus tempos de jogador.
O Brasil está em quarto lugar nas eliminatórias sul-americanas para a Copa de 2026. Os seis primeiros garantem vaga direta no Mundial.
Ancelotti chega à seleção para substituir Dorival Júnior, que foi demitido no final de março após derrota para a Argentina por 4 x 1.
O time passa por uma crise há mais de dois anos, desde que foi eliminado da Copa do Mundo de 2022 contra a Croácia, nos pênaltis, nas quartas de final.
A derrota humilhante em Buenos Aires no fim de março foi a mais recente de uma série de resultados ruins que o Brasil sofreu sob os técnicos interinos Ramon Menezes e Fernando Diniz, e depois com Dorival.
O Brasil nunca perdeu tantos jogos, sofreu tantos gols ou estabeleceu tantos retrospectos negativos nas eliminatórias. O país perdeu cinco de seus 14 jogos e sofreu 16 gols.
Por Rodrigo Viga Gaier
Reuters