Luanda – “Revanche” ou casualidade, a selecção nacional de futebol afastou esta sexta-feira o Ghana da corrida ao CAN`2025, em Marrocos, mercê do empate a uma bola, no estádio 11 de Novembro, o mesmo palco onde em 2010 foi impedida de seguir para as meias-finais.
Angola albergou a Taça das Nações há 14 anos e tinha tudo para qualificar-se para a penúltima fase, mas uma derrota de 0-1, com golo aos 16` do aposentado Asamoah Gyan, tirou o “sonho” dos milhões de angolanos crentes no inédito.
O “carma” veio dobrado. Os Palancas Negras iniciaram acção com vitória em Kumasi, com golo de Milson, aos 90+3 e hoje sentenciou os “Black Star” com pena máxima, ou seja, exclusão numa prova que não falha desde há 20 longos anos.
O 10.º confronto entre sí, presenciado por pelo menos 45 mil espectadores, o Ghana até marcou primeiro, aos 18 minutos, de livre directo, competentemente cobrado por Jordan Ayew, mas com culpas para o guarda-redes Neblú, mal posicionado.
A vencer por uma bola sem ter feito por merecer, os visitantes safaram-se de um resultado humilhante. Um penálti falhado por Mabala Nzola, aos 27`, várias ocasiões de golos com destaque para Modesto e Zini, que isolados ficaram pelo quase, justificam bem este pensamento.
Aos 36`, Mbala Nzola, o atacante do Lens de França, teve outra chance para empatar a partida ao aproveitar um cruzamento, mas a bola foi à figura do guarda-redes Nurudeen Manaf.
O intervalo surgiu sem que houvesse alteração no placard.
No entanto, foi o Zini que garantiu a invencibilidade de Angola já qualificada nesta prova, agora com 13 pontos.
Saído do banco para render Mbala Nzola aos 58`, Zini respondeu à medida um cruzamento de Milson e de cabeça colocou a bola no fundo da baliza, restabelecendo a igualdade a uma bola, aos 64`.
Se nos primeiros 45` foi insistente nas acções ofensivas, na etapa complementar Angola foi melhor ainda diante de um Ghana que inicialmente tentou conservar a vantagem magra com anti-jogo e depois ficou quase sem soluções e não perdeu por “milagre”.
Uma defesa constituída por um trio perfeito com David Carmo, Bastos Quissanga e Kialonda Gaspar, um meio-campo criativo e um ataque conduzido por “miúdos”, Milson, Zito Luvumbo e depois Zini, Angola fez por merecer melhor que o empate.
Já na recta final, Zini esteve perto de marcar o segundo, mas adiantou demais o esférico e permitiu a antecipação do guarda-redes Nurudeen Manaf.
Aos 90+1 Chico Banza foi importunado à entrada da grande área e resultou daí um livre directo. Noutra jogada, o mesmo Chico Banza frente a frente com o guarda-redes foi literalmente desarmado, seguindo-se o apito final.
Angola volta a jogar segunda-feira diante do Sudão, na Líbia, reduto emprestado ao adversário, apenas para cumprir calendário.
ANGOP