Luanda – Angola e os Estados Unidos da América assinaram, esta sexta-feira, em Luanda, o memorando de entendimento sobre a cooperação científica e tecnológica para a gestão sustentável dos recursos marinhos no Oceano Atlântico.
O documento vai promover a realização de investigações conjuntas sobre recursos marinhos, com ênfase na utilização do navio de investigação científica Baía Farta, propriedade do Estado angolano, a capacitação técnica e científica de especialistas angolanos, assim como desenvolver e implementar estratégias de gestão sustentável dos recursos do Oceano Atlântico.
O ministro das Relações Exteriores, Téte António, referiu que o memorando assinado se enquadra na gestão dos recursos marinhos, e Angola fez uma abordagem abrangente sobre a economia azul, que alimenta a segurança marítima.
“Porque se tivermos a capacidade de conhecer o que temos no mar e de explorar, teremos também a capacidade de financiar até a nossa própria segurança marítima”, sublinhou.
Referiu que as capacidades que o país desenvolveu com o navio Baía Farta são valores para completar o conhecimento que se vai poder partilhar com os cientistas dos Estados Unidos da América.
O chefe da diplomacia angolana lembrou que os dois países têm o acordo sobre as telecomunicações por assinar, que já está em fase final com a NASA.
“Pensamos que é um rico pacote, à volta da visita do Presidente Biden. Do ponto de vista dos instrumentos assinados, pode-se dizer que as relações, fora do assunto muito debatido durante esta semana, que é o Corredor de Lobito, vão se estender para outras áreas, incluindo à agricultura.
Acrescentou que os acordos completam o pacote da relação que se quer com os Estados Unidos, para que passe para actos concretos.
Por seu turno, a subsecretária norte-americana para os assuntos Africanos, Molly Phee, mostrou-se satisfeita com a parceria, por representar uma mudança na cooperação para desenvolver Angola e a região da África Austral.
“E hoje começamos um novo capítulo no sentido de envidar esforços para uma boa gestão marinha dos recursos marinhos existentes em Angola. Vamos ajudar a melhorar e a expandir os nossos recursos científicos e tecnológicos”, enfatizou.
Esclareceu que os EUA está a trabalhar com o Ministério das Pescas e Recursos Marinhos, no sentido de desenvolver e expandir a abordagem tecnológica e científica, de forma a dar passos significativos em direccção à salvaguarda das espécies marinhas.
O referido memorando foi firmado pela ministra das Pescas e dos Recursos Marinhos de Angola, Carmen do sacramento Neto, e a subsecretária de Estado Norte-Americana para os Assuntos Africanos, Molly Phee.
ANGOP