Angola enfrenta desafios de gestão dos recursos hídricos

Malanje – A directora geral adjunta para a área técnica do Instituto Nacional de Recursos Hídricos (INRH) do Ministério da Energia e Águas, Maida Gomes, reiterou hoje, em Malanje, que o país enfrenta grandes desafios na gestão dos recursos hídricos, sobretudo na Bacia Hidrográfica do Kwanza.

De acordo com a responsável, esta situação levou o Ministério de tutela a criar o projecto de Cadastro Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), que vai culminar com a implementação de políticas públicas para a utilização das águas proveniente da Bacia do Kwanza, destinadas ao consumo doméstico, agricultura, indústria, entre outros fins.

Maida Gomes falava durante o workshop de apresentação dos dados preliminares e da campanha de mobilização para a recolha e validação das informações relacionadas com a Bacia Hidrográfica do rio Kwanza, dirigido aos administradores municipais e outros membros do Governo.

Precisou que o cadastro vai identificar como e em que quantidade se utiliza a água do rio Kwanza, entre outros aspectos, que concorrem para uma gestão eficiente, equitativa e sustentável do líquido.

Realçou que para gerir esses recursos de forma sustentável e equitativa, são necessários dados fiáveis, actualizados e representativos recolhidos no terreno, para além de constituir um pressuposto do reforço da governação participativa.

Por sua vez, a engenheira do CNRH, Yolene Manuel, acrescentou que com os dados recolhidos, o Ministério da Energia e Águas pretende aferir o estado, qualidade e o número de infra-estruturas, bem como a qualidade e quantidade dos recursos que compõem a bacia hidrográfica do país, para uma gestão adequada dos mesmos.

Frisou que todas as informações estão essencialmente a volta da Bacia do Rio Kwanza, a maior e a única que pertence somente a Angola, mas abrangem dados sobre as infra-estruturas ligadas aos sistemas de abastecimento de água, estações de tratamento de água (ETA), Pólos de desenvolvimento industrial, indústrias transformadoras e extractivas, estações hidroeléctricas e meteorológicas do país.

O vice-governador de Malanje para o sector Técnico e Infra-estruturas, Duarte Ginga, destacou a importância do Projecto e dos recursos hídricos, mas reconheceu que é fundamental a participação das Administrações Municipais e das autoridades tradicionais, no fornecimento de dados relativamente aos pontos de água das suas áreas de jurisdição.

Apelou para o envolvimento destes em todas as tarefas que concorrem para a elaboração do Cadastro Nacional de Recursos Hídricos (CNRH), desenvolvido pelo Ministério da Energia e Águas.

O Projecto do CNRH abrange quatro fases, três das quais já desenvolvidas, baseadas na apresentação dos objectivos do projecto e na recolha de dados biográficos e cartográficos, a segunda no tratamento das informações recolhidas.

A terceira fase, hoje realizada, cingiu-se à recolha dos referidos dados no terreno e apresentação dos resultados preliminares das fases anteriores, sendo a última de apresentação dos resultados finais e acontece em 2026.

A Bacia hidrográfica do Kwanza abrange as províncias do Uíge, Cuanza Norte, Huambo, Icolo e Bengo, Luanda, Bié, esta última com 39 por cento de superfície e Malanje com 32. NC/PBC

ANGOP

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