Angola pretende aumentar a cobertura eléctrica para 50% em 2027

Talatona – O Governo angolano reafirmou a pretensão de atingir, até 2027, uma taxa de cobertura eléctrica de 50 por cento e melhorar o actual acesso à energia eléctrica e água potável que varia entre os 44% e 56%.

Esta pretensão foi reafirmada, em Luanda, pelo ministro da Energia e Águas, João Baptista Borges, ao intervir na abertura do 13º Conselho Consultivo do Ministério da Energia e Águas (MINEA).

Lembrou que se planeia erguer a barragem do Nhene, na Huíla, na cabeceira do Rio Caculuvar, onde o governo espera atingir uma taxa de 50%, o que significa que cerca de 16 milhões de habitantes terão acesso à energia, com mais de 1.250.000 novas ligações domiciliares em todo o país.

João Baptista Borges destacou que, no Plano de Desenvolvimento Nacional para o período 2023-2027, foram estabelecidas metas claras para o aumento das referidas taxas, com foco na melhoria das condições de vida da população, especialmente em áreas mais carentes.

O ministro reiterou a conclusão dos projectos estruturantes no sector, nomeadamente os dois sistemas de abastecimento de água, o do BITA e o do Quilonga, que nos próximos três anos vão garantir o acesso a mais de 7,5 milhões de novos consumidores nas zonas suburbanas sem rede de distribuição de água, como Zango, Zona Verde, Ramiros, Benfica e Mulenvos.

João Baptista Borges mencionou a construção de uma nova conduta de abastecimento de água entre o Benfica e o Morro Bento, com conclusão prevista para o final deste ano.

“Esta infra-estrutura vai beneficiar instituições hospitalares e outras localizadas na região, além de resolver os problemas de abastecimento nos bairros locais”, disse.

Em termos de electrificação, apontou a construção das redes de média e baixa tensão, no âmbito do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios (PIIM) que prevê 20 mil novas ligações domiciliares e a construção da subestação Vila Flor para abastecer mais de 120 mil habitantes naquela circunscrição, Mulenvos Sul, Progresso 2 e Santo António.

A Vila da Muxima também foi citada pelo governante, tendo informado que a electrificação será feita no âmbito do processo de requalificação, com a construção de uma subestação e uma linha de transporte de 700 quilómetros, assim como o município da Quissama, onde serão electrificadas localidades como Cabo Ledo, a partir do Cuanza-norte, enquanto o Mussulo terá a obra concluída até ao final deste ano.

Afirmou que outros projectos em curso incluem o novo sistema de abastecimento de água em N’dalatando, que entrará em funcionamento ainda este ano, e os de Saurimo e Benguela, previstos para os próximos dois anos.

Referiu que no sul do país, na província do Cunene, prossegue a construção das barragens de Ndue e Calucuve, além dos sistemas de água para Oncócua, Chitado e Otchinjau, com conclusão prevista até 2026, beneficiando mais de 350 mil pessoas, no Namibe foram aprovados 43 obras para a recuperação de represas nos municípios de Camucuio, Virei e Bibala.

No caso da província de Luanda, com uma população estimada em 10 milhões de habitantes, menos da metade tem acesso à água potável.

Durante o evento, o governador da província de Luanda, Manuel Homem, sublinhou que a cobertura de acesso à água em Luanda continua deficiente, com menos de 35% da população com acesso à água.

Sublinhou que não obstante a todo trabalho feito, a província de Luanda continua a registar ligações domiciliares executadas há anos que não jorram água designadamente nos municípios de Viana, Kilamba Kiaxi, Talatona, Belas e os demais.

Para melhorar a situação, Manuel Homem explicou que a operacionalização do Centro de Distribuição da UGP permitirá o abastecimento de água potável a mais de 33 mil famílias, nos bairros circundantes do Morro Bento ainda este ano.

O 13º Conselho Consultivo decorre até sexta-feira (20) sob o lema “Energia e Águas – Desafios e Soluções para a Expansão e Sustentabilidade do Sector”.

O evento conta com a participação de várias entidades do sector.

ANGOP

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