Sem saúde não há vida

Crianças, as principais vítimas.

O perfil epidemiológico do país é caracterizado pela predominância das doenças endêmicas como causas de mortalidade na população. A Malária, as Doenças Respiratórias Agudas e as Doenças Diarreicas Agudas, a Tuberculose e o Sarampo, representam cerca de 96,3% do total de doenças notificadas pelo Inquérito de Indicadores Múltiplos e de Saúde 2015/2016.

Em Angola, a malária constitui um dos principais problemas de saúde pública e é a primeira causa de mortes e procura de serviços de saúde, absentismo laboral e escolar.

Constitui igualmente uma das principais causas de aborto, parto prematuro, baixo peso à nascença, anemias em mulheres grávidas e mortalidade materna e perinatal. A taxa de letalidade varia entre 15 a 30%.

O uso de mosquiteiros tratados com insecticida de longa duração constitui o método de menor custo para a prevenção e controlo da malária, no entanto pouco mais de um terço (37%) dos lares possui pelo menos um mosquiteiro (tratado ou não).

De acordo com o Inquérito de Indicadores Múltiplos e de Saúde 2015/2016, a desidratação causada pela diarreia é a principal causa de morte em crianças menores de 5 anos.

Dos casos registados, a maior incidência foi verificada na província de Luanda: 135.560 casos clínicos, correspondendo a 25.2% do total. O maior número de óbitos ocorreu na Província do Huambo (267), com uma taxa de letalidade específica de 26%.

A Tuberculose pulmonar é a forma mais frequente e ocorre entre os 15 e 45 anos, na fase mais produtiva das populações. A taxa de cura ainda se encontra fixada em 45%, contra uma taxa de cura desejada na ordem dos 85%.

Fica evidente que saneamento básico e água potável, são as mais eficientes medidas de prevenção para uma melhora geral da saúde publica.

Um robusto programa de vacinação e uma extensa rede básica de saúde que promova o atendimento das populações mais necessitadas, aliada a disseminação de informações uteis, seriam um poderoso contributo para mitigar os problemas. Saúde publica é um direito do cidadão e uma obrigação do governo.

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Falta comida e falta vergonha na cara
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