Luanda – A Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANPG) e a Total Energies Angola iniciaram, esta segunda-feira, na cidade de Natong (China), os trabalhos de conversão da futura Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência de Petróleo Bruto (FPSO), denominada Kaminho.
Uma nota da ANPG a que a ANGOP teve acesso, refere que o projeto com a Total Energies trata-se de um marco significativo que representa o primeiro desenvolvimento na nova Bacia do Kwanza, uma nova fronteira de petróleo e gás para Angola.
A FPSO Kaminho será ligada a uma rede submarina que vai produzir as descobertas dos campos de Cameia e Golfinho, com uma produção esperada de cerca de 70 mil barris de petróleo/dia, sendo o valor de investimento orçado em seis mil milhões de dólares, anunciado a 20 de Maio de 2024.
O início de produção está programado para 2028.
A cerimónia de arranque da conversão foi presidida pela administradora executiva da ANPG, Ana Miala, que sublinhou que a unidade, com capacidade de armazenar um milhão e 600 mil barris de óleo, terá uma componente tecnológica avançada com alto padrão de qualidade, saúde, segurança e ambiente.
Acrescentou que com a FPSO, a Agência vai reforçar a capacidade de produção e consolidar a visão estratégica de garantir a continuidade da actividade petrolífera no país.
Por sua vez, o presidente do Conselho de Administração da Sonangol, Gaspar Martins, augurou que este investimento abra caminho para novas geografias e traga mais investimentos nesta nova bacia.
Já o gerente nacional da TotalEnergies Angola, Martin Deffontaines, realçou que o Kaminho é a 7.ª Unidade Flutuante de Produção, Armazenamento e Transferência de petróleo bruto no país, que recorre à mais recente tecnologia de ponta para se adequar ao portfólio de produção com baixas emissões de efeito estufa na atmosfera.
O evento, decorrido durante a doca seca do navio, foi presenciado por altos funcionários da ANPG, Sonangol, TotalEnergies, Saipem e CMHI, empresas contratadas para a conversão.
ANGOP