Ataques israelenses deixam vários mortos em Gaza

CAIRO/JERUSALÉM (Reuters) – Ataques israelenses em Gaza deixam mais de 250 mortos desde a manhã de quinta-feira, disseram autoridades de saúde locais nesta sexta, uma das fases mais letais do bombardeio desde o colapso da trégua em março, com uma nova ofensiva terrestre esperada em breve.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que encerrou uma viagem pelo Oriente Médio nesta sexta-feira sem nenhum progresso aparente em direção a um novo cessar-fogo enquanto Israel deixa vários mortos em Gaza e intensifica sua campanha militar, reconheceu a crescente crise de fome em Gaza e a necessidade da entrega de ajuda.

“Temos que ajudar também os palestinos. Sabe, muitas pessoas estão morrendo de fome em Gaza, então temos que olhar para os dois lados”, afirmou ele. Quando perguntado se apoia os planos de guerra de Israel, Trump disse que espera “coisas boas” no próximo mês.

Os ataques aéreos e de artilharia de sexta-feira se concentraram na seção norte do pequeno e lotado enclave, onde dezenas de pessoas, incluindo mulheres e crianças, foram mortas durante a noite, disse o porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, Khalil al-Deqran.

Israel intensificou seu bombardeio e construiu forças blindadas ao longo da fronteira, apesar da crescente pressão internacional para que retome as negociações de cessar-fogo e acabe com o bloqueio de Gaza, onde os alertas de fome estão aumentando.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse, em 5 de maio, que Israel estava planejando uma ofensiva intensa e ampliada contra o Hamas, e seu gabinete de segurança aprovou planos que poderiam envolver a tomada de toda a Faixa de Gaza e o controle da ajuda.

Um oficial de defesa israelense afirmou na ocasião que a operação não seria lançada antes de Trump concluir sua visita ao Oriente Médio, o que ocorre nesta sexta-feira.

O objetivo declarado de Israel em Gaza é a eliminação do Hamas, que atacou comunidades israelenses em 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1.200 pessoas e fazendo cerca de 250 reféns.

Sua campanha militar devastou o enclave, expulsando quase todos os habitantes de suas casas e matando mais de 53.000 pessoas, de acordo com as autoridades de saúde de Gaza, enquanto as agências de ajuda dizem que o bloqueio causou uma crise humanitária.

Por Nidal al-Mughrabi e James Mackenzie

Reuters

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