O esporte está com o tanque vazio e precisa urgentemente de combustível financeiro para roncar os motores. Segundo Ramiro Barreira, presidente da FADM (Federação Angolana de Desporto Motorizado), 30 milhões de kwanzas, valor destinado pelo governo ao esporte, não correspondem às necessidades da modalidade.
“O orçamento que nós apresentamos ao Ministério da Juventude e Desportos é de cerca de 200 milhões de kwanzas. Portanto, esse 30% é uma ínfima parte daquilo que são as nossas necessidades”, chiou.
Para justificar sua queixa, Barreira relembrou que a Federação Angolana dos Desportos Motorizados organiza muitas modalidades, tais como o Automobilismo, Motociclismo, Kart, Rally Todo o Terreno, o Drague, entre outras. “Para o cumprimento dos seus programas, “esse valor é verdadeiramente irrisório”, desabafa.
O dirigente, que cumpre o segundo mandato à frente da Federação, ressalta que o desporto motorizado em Angola é praticado desde os anos 50 por homens “valiosos” que fizeram do país um centro de amor ao esporte.
“Santos Pêras, António Peixinho, Nicha Cabral, Bambino de Albuquerque, Herculano Areias fizeram do desporto motorizado um castelo”, exalta Barreira.
Na visão do dirigente, Angola precisaria de mais autódromos para estimular a prática do esporte. Contudo, a dificuldade maior reside em encontrar patrocinadores para cobrir os custos com a construção de complexos, financiamento de equipes e desenvolvimento dos bólidos.
O Autódromo de Luanda, com um traçado oval de 3208 metros (o mais curto), e o maior com 6280, totalizando um total de cinco alternativas de traçado, apresenta sinais de degradação avançada, a começar pelo asfalto, arquibancadas para o público e todas as partes envolventes da infraestrutura.