JERUSALÉM (Reuters) – Uma autoridade israelense disse nesta quarta-feira que 24 reféns estão vivos em Gaza depois que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que o número era 21, alarmando as famílias dos reféns.
A autoridade israelense que deu o comunicado foi Gal Hirsch, coordenador de Israel para questões de reféns, afirmou em um post no X que o grupo militante palestino Hamas mantém 59 reféns, dos quais 24 estão vivos e 35 mortos — números inalterados desde antes do discurso de Trump.
“Todas as famílias dos sequestrados são sempre atualizadas com as informações que temos sobre seus entes queridos”, disse ele.
Ao discursar em um evento na Casa Branca na terça-feira, Trump declarou que 24 reféns estavam vivos há uma semana, mas que o número agora era de 21.
“Eu digo 21, porque, a partir de hoje, são 21. Três morreram”, disse ele, sem citar uma fonte ou fornecer mais detalhes.
O comentário de Trump fez com que o grupo que representa as famílias dos reféns pedisse ao governo israelense que compartilhasse imediatamente qualquer nova informação com eles.
Um total de 251 pessoas foram feitas reféns durante os ataques do Hamas ao sul de Israel em 7 de outubro de 2023, nos quais cerca de 1.200 pessoas, a maioria civis, foram mortas, de acordo com os registros israelenses.
Israel respondeu com um ataque aéreo e terrestre em Gaza que matou mais de 52.000 palestinos, incluindo milhares de crianças, segundo as autoridades de saúde administradas pelo Hamas no local. A ofensiva israelense deslocou a maior parte da população e reduziu grande parte do enclave a ruínas.
O destino dos reféns é uma questão visceral para a maioria dos israelenses e que tem causado crescente inquietação e divisão na sociedade israelense à medida que a guerra se arrasta.
As famílias dos reféns e seus apoiadores afirmam desde o início que a libertação de todos os sequestrados em 7 de outubro deveria ser a prioridade absoluta.
A maioria dos reféns devolvidos vivos a Israel até agora foi libertada como parte de acordos com o Hamas durante dois cessar-fogo temporários no final de 2023 e início de 2025.
O governo afirma que seus dois objetivos de guerra são destruir o Hamas e libertar os reféns. Nesta semana, anunciou uma expansão de sua ofensiva em Gaza, causando consternação entre as famílias dos reféns, que dizem que isso colocará ainda mais em risco seus entes queridos.
(Reportagem de Andreea Popescu e Estelle Shirbon)