Luanda – O sector bancário nacional despediu, nos últimos três anos, mais de quatro mil trabalhadores, no âmbito do processo de privatização e reestruturação na banca comercial.
De acordo com o presidente do Sindicato Nacional dos Empregados Bancários de Angola (SNEBA), Filipe Maquengo Segundo, alguns bancos comerciais estão a promover, de forma excessiva, rescisões de contrato por mútuo acordo, mas que não satisfazem os trabalhadores.
O responsável falava esta quinta-feira, em Luanda, à saída de uma audiência concedida pelo terceiro vice-presidente da Assembleia Nacional (AN), Raul Lima, durante a qual apresentou alguns dos principais problemas que afligem a classe, com realce para a necessidade da participação deste sindicato no Conselho de Concertação Social e da institucionalização do dia da banca em Angola.
Disse ter abordado igualmente a questão que se prende com o impedimento, por parte de alguns bancos, da criação de núcleos sindicais nas instituições.
No entanto, o líder sindical mostrou-se convicto que a “Casa das Leis” tomou boa nota das preocupações e irá advogar junto do Executivo para que as mesmas sejam levadas em consideração.
Questionado sobre o actual ambiente económico do país, considerou não ser saudável, tendo referido que a situação é derivada, para além da conjuntura geopolítica internacional, da escassez da produção nacional no que concerne aos produtos de amplo consumo, bem como pela instabilidade da moeda nacional, o que, na sua opinião, resulta na ausência de bem-estar dos trabalhadores e no declínio das empresas.
“Que o Governo continue a trabalhar para dar peso e estabilizar a nossa moeda nacional, o kwanza, para poder devolver o poder de compra às famílias”, augurou.
O Sindicato Nacional dos Empregados Bancários de Angola (SNEBA) associados por mais de oito mil trabalhadores.
Ainda hoje, o terceiro vice-presidente da Assembleia Nacional manteve um encontro com o presidente da Associação dos Oficiais Reformados de Angola, Mateus Nicha.
O lider associativo mostrou-se preocupado face ao desconto efectuado, aos associados, pelo Instituto Nacional de Segurança Social (INSS), alegando haver incumprimento da lei por parte do instituto.
Por: ANGOP