Lubango – O representante residente do Banco Mundial (BM) para Angola e São Tomé e Príncipe, Juan Carlos Alvarez, garantiu haver acertos com o Governo angolano, para mobilizar mais investimentos do sector privado destinados ao agro-negócio e, comisso, dinamizar a diversificação da economia.
Ao falar num encontro de cortesia com o vice-governador da Huíla para a área Técnica e Infra-estruturas, Hélio de Almeida, ressaltou estar o BM a apoiar o Governo de Angola para a transição económica, de um modelo de investimento público para o privado e identificou o agro-negócio onde há “muito” potencial para crescer.
Destacou a necessidade da criação de um ambiente de negócio “favorável” para poder atrair investimentos do sector privado, que venha a colaborar com essa estratégia de diversificação económica em diferentes sectores, daí as consultas públicas com o sector privado serem importantes no processo.
Ressaltou haver uma equipa da Cooperação Financeira Internacional (IFC) “o braço privado do BM” que está a explorar quais as diferentes possibilidades que o sector do agro-negócio tem, porque não é só a produção, mas a transformação dos produtos e a sua colocação nos mercados nacionais e internacionais.
Fez saber que para além desse segmento, o BM está a estudar apoios para o turismo, nas pequenas, médias e grandes empresas, sobretudo ao longo do Corredor do Lobito, assim como a área da protecção social, desenvolvimento do capital humano, através de apoio e investimentos na educação, na saúde, na mineira, entre outras.
Para a IFC, segundo a fonte, no agro-negócio, o trigo é uma cultura que representa uma “enorme” importância na balança de pagamentos e importações de Angola e a Huíla é uma província que pode liderar tal transformação por causa da sua condição de produção.
Referiu que para além do Corredor do Lobito, está a olhar para o de Moçâmedes, onde sentem que as rochas ornamentais e os mineiros de ferro possam ser fundamentais para a dinamização da zona, que vai ser complementado pelo potencial agro-pecuário da região Sul.
Manifestou que o último quadro de cooperação que tiveram com o Governo de Angola é de 2014, e chegou o momento de começar a preparar o dos próximos sete anos e tem de estar alinhado com o Plano Nacional de Desenvolvimento.
Por sua vez, o vice-governador da Huíla para área Técnica e Infra-estruturas, Hélio de Almeida, disse estarem criadas as condições no âmbito da cooperação com BM e identificadas as prioridades da província para apoiar a visão de crescimento para o território nacional.
Na Huíla está as equipas técnicas do BM e da Corporação Financeira Internacional (IFC), a realizar hoje, quinta-feira, consultas públicas para o próximo quadro de cooperação entre Angola e o BM para os próximos sete anos, um trabalho de auscultação já feito em Benguela e segue para Luanda.
Trata-se de consultas públicas com diferentes instituições, como o sector privado, a academia, sociedade civil, organizações não governamentais, entre outras, que começou com o poder executivo (ministro da Economia e Planeamento, bem como diferentes ministérios encarregues na implementação de projectos do governo financiados pelo BM).
A parceria do BM com Angola tem se fortalecido nos últimos três anos, a carteira de projecto do governo a serem financiados pelo banco passou de 2,2 mil milhões para 4.6 mil milhões de dólares, nos últimos três anos, com destaque nas áreas da educação, saúde, protecção social e agricultura.
ANGOP