Huambo – O capitão das Forças Armadas Angolanas (FAA) Ivan Pedro Manjata, colocado no Centro de Recrutamento da Região Militar Centro, foi condenado, esta segunda-feira, a 10 meses de prisão efectiva, por crime de burla e corrupção passiva.
Na leitura da sentença, o juiz presidente do Tribunal da Região Militar Centro, coronel Eurico Pereira, provou o envolvimento do capitão das FAA na prática do crime de corrupção passiva, consumado com o recebimento de valores monetários, para alegadamente enquadrar quatro cidadãos nas FAA.
Explicou que o capitão Ivan Pedro Manjanta atentou contra a moral, a administração castrense e contra a organização do Exército, pois incorreu numa acção do enquadramento ilícita e endivida, para os serviços militares.
Disse que este processo ilícito tem que ser combatido para travar o enquadramento de cidadãos com nacionalidades duvidosas e efectivos sem capacidade física exigida, segundo o regulamento do Exército angolano.
Durante a leitura do acórdão, foi absorvido o sub-sargento Domingos Marx Ndala, depois de raparar o dano causado, com a devolução de 400 mil Kwanzas a ofendida Nangolo Natália Daniel Dungula.
Referiu que Nangolo Natália Daniel Dungula, funcionária no Instituto Superior Militar do Exército, pagou estes valores monetários, para o enquadramento de quatro sobrinhos no Exército, a razão de 100 mil Kwanzas por cada vaga.
O juiz presidente justificou que o sub-sargento Domingos Marx Ndala viu os crimes de que vinha acusado extintos após ter consentido o perdão da ofendida, com a devolução dos valores.
Recentemente o Tribunal da Região Militar Centro absolveu dois efectivos da Polícia Nacional, após a reparação do dano, com a devolução de um milhão 250 mil Kwanzas, cobrados para suposto enquadramento neste órgão do Ministério do Interior.
ANGOP