Ciclone Jude em Moçambique fez 135 feridos

Maputo, (Lusa) – O número de feridos devido à passagem do ciclone Jude em Moçambique subiu para 135, com as autoridades a elevarem para mais de 384 mil as pessoas afetadas, segundo o mais recente balanço, divulgado hoje.

Os dados apresentados pelo Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD) sobre os danos do ciclone Jude em Moçambique mantêm em 16 o número de mortos, indicando que o número de afetados subiu para 384.877 e o de famílias para 82.780, que agora incluem também as províncias centrais de Tete e Manica, além de Zambézia, Nampula, Niassa e Cabo Delgado, as três últimas do norte de Moçambique.

O INGD apontou ainda, em dados até segunda-feira, para 88.005 casas total e parcialmente destruídas, outras 1.854 inundadas e 144 edifícios de culto afetados.

Em consequência, pelo menos 23.095 pessoas encontram-se em centros de acomodação, refere-se nos dados do executivo moçambicano.

O número de escolas e salas afetadas subiu para 263 e 711, respetivamente, afetando 94.476 alunos e 1.222 professores, havendo ainda 20 pontes, 43 aquedutos e 101.239 áreas agrícolas fustigadas pelo ciclone Jude, de um total de 4.146 agricultores.

Os dados do INGD apontam também a subida para 81 unidades sanitárias destruídas e outros 15 edifícios públicos, mantendo em 68 o número de embarcações danificadas, oito sistemas de abastecimentos afetados, e elevando-se para 1.318 o número de postes elétricos tombados em consequência da passagem do ciclone.

O Governo indicou ainda que subiu para 2.929 quilómetros (km) de estradas afetados e 6713.40 km danificados.

Moçambique está em plena época chuvosa, que decorre entre outubro e abril, período em que foram já registados os ciclones Chido e Dikeledi, que afetaram igualmente o norte do país.

Os ciclones atingiram o país entre dezembro do ano passado e janeiro último, com maior impacto nas províncias de Cabo Delgado e Nampula, tendo afetado cerca de 736.000 pessoas e causado a destruição de infraestruturas públicas e privadas.

Eventos extremos, como ciclones e tempestades, provocaram pelo menos 1.016 mortos em Moçambique entre 2019 e 2023, afetando cerca de 4,9 milhões de pessoas, segundo dados do Instituto Nacional de Estatística.

O país africano é considerado um dos mais severamente afetados pelas alterações climáticas globais, enfrentando ciclicamente cheias e ciclones tropicais durante a época chuvosa, mas também períodos prolongados de seca severa.

PME // JMC

Lusa/Fim

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