Cimeira extraordinária sobre a situação na RDCongo é adiada para sexta-feira

Harare, (Lusa) – A Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) reúne-se sexta-feira em Harare, capital do Zimbabué, para uma cimeira extraordinária sobre a situação no leste da República Democrática do Congo (RDCongo), anunciou hoje o secretário-geral da organização.

A presidência da organização tinha anunciado a realização da cimeira extraordinária para hoje, com o objetivo de abordar a situação no leste da RDCongo e outros conflitos regionais.

O objetivo desta “reunião extraordinária” é discutir questões relacionadas com o leste da RDCongo, onde a situação é “preocupante” após o grupo armado antigovernamental M23 e as forças ruandesas terem tomado, nos últimos dias, a principal cidade da região, Goma, disse hoje o secretário-geral da SADC, Elias Magosi.

Vários dos soldados estrangeiros, da África do Sul e do Malawi, mortos no Kivu do Norte na semana passada, faziam parte da missão da SADC (SAMIDRC), estacionada perto de Goma.

A sua retirada poderá ser decidida na sexta-feira, segundo o Daily Maverick, um órgão de comunicação social sul-africano, após uma reunião na terça-feira da troika da SADC, o órgão que trata das questões de segurança.

Questionado sobre a agenda da cimeira, Elias Magosi não avançou pormenores. “São questões que ainda vão ser discutidas na cimeira”, disse.

O SAMIDRC, destacado na região desde o final de 2023 para apoiar as forças congolesas contra o M23, inclui 2.900 soldados sul-africanos, bem como tropas do Malawi e da Tanzânia.

O Presidente do Ruanda, Paul Kagame, afirmou hoje que “não se trata de uma força de manutenção da paz” e que “não tem lugar nesta situação”. Avisou também a África do Sul de que não temia uma “confrontação” com este país sobre a questão.

A missão da SADC, que inclui 16 Estados membros, é “promover o crescimento económico sustentável e equitativo e o desenvolvimento socioeconómico” na região.

A África do Sul, a Tanzânia, o Malawi e Angola, os mediadores na crise da RDCongo, são membros da SADC, mas não o Ruanda.

SMM // ANP

Lusa/Fim

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