Chicala-Cholohanga – Quatrocentos e cinco engenhos e munições de diversos calibres, recolhidos entre Janeiro e Maio do corrente ano, em nove municípios da província do Huambo, foram destruídos, esta terça-feira, pelo departamento local do Centro Nacional de Desminagem (CND).
Trata-se de granadas, morteiros, espoleta de mina, iniciador, mina anti-pessoal e anti-tanques, projectis, rockets, propulsores, entre outras munições e material bélico, recolhidos nos municípios do Bailundo, Chicala-Cholohanga, Chinjenje, Ecunha, Huambo, Londuimbali e Mungo.
Os engenhos e as munições, algumas das quais entregues voluntariamente pela população, foram destruídos no polígono florestal do Centro de Instrução de Tropas do Exército “Heróis de Kangamba”, na periferia da vila municipal da Chicala-Cholohanga.
Em declarações à imprensa, o chefe do departamento do CND na província do Huambo, Castro Kapanda, disse que estão a ser realizados esforços conjugados com a Polícia Nacional para a identificação e destruição de armas e engenhos em posse das comunidades.
Informou que estão a trabalhar para que a província do Huambo seja declarada livre de minas, apesar de existir ainda focos em algumas zonas suspeitas, sobretudo, em 11 áreas preocupantes nos municípios do Bailundo e Mungo, numa altura em que a meta passa em desminar o país até 2027.
Nesta altura, segundo o responsável, fruto do levantamento feito, as equipas estão, primeiramente, desdobradas na desminagem da linha de transporte de energia do Gove/Cuvango/Jamba, bem como da subestação do Dango (Huambo) até a barragem do Lomaum (Benguela), para depois trabalhar no Bailundo e Mungo.
Informou que, desde o início dos trabalhos, em 1996, o CND já clarificou na província do Huambo mais de 74 milhões e 620 mil metros quadrados, desde a limpeza na linha férrea, no transporte de energia eléctrica, reservas fundiárias, estradas, entre outros, para além da demolição de 10 mil 744 engenhos explosivos.
Com uma área de 35 mil 771 quilómetros quadrados, que perfazem os 17 municípios, a província do Huambo, com mais de dois milhões 800 mil habitantes, já foi considerada como uma das regiões mais minadas do país, devido ao conflito armado.
(ANGOP)