Luanda – O chefe do Departamento Cultural da Comissão Nacional de Angola para a UNESCO (CNU), Ngomba Calemba, pediu esta segunda-feira, o engajamento da juventude na educação da preservação e conservação do património cultural.
O responsável falava em representação do secretário permanente da CNU, na abertura do Workshop alusivo ao Dia Internacional dos Monumentos e Sítios que se assinala a 18 de Abril, sob o lema “Património Resiliente face às Catástrofes e aos Conflitos”.
De acordo com Ngomba Calemba, a conservação e preservação surge como uma estratégia essencial para garantir que a futura geração compreenda a importância desses patrimónios.
Considera como objectivo do CNU sensibilizar a sociedade para a valorização e preservação da identidade, o intercâmbio cultural, o enriquecimento das culturas e o desenvolvimento da compreensão mútua, da cooperação e da paz entre os povos.
Acrescentou ainda que durante o tempo, o património cultural tem estado vulnerável, ameaçado por conflitos, catástrofes, desenvolvimento urbano desenfreado, mudanças climáticas e até pela falta de consciencialização.
Por isso, em resposta a estes desafios, várias iniciativas têm sido adoptadas para promover a resiliência do património, tais como conservação e restauro, educação e sensibilização.
O workshop enquadra-se no Plano Operacional Regional (POR) aprovado na 2ª Edição da Reunião Regional das Comissões Nacionais Africanas, em Luanda, cujos objectivos são disseminar conhecimento sobre as realidades museológicas locais e promover os hábitos de preservação e valorização dos patrimónios culturais.
Neste sentido, a Comissão Nacional de Angola para a UNESCO, enquanto órgão de interligação e coordenação das iniciativas da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, está engajada no fortalecimento da participação dos jovens nos processos sobre o Património Africano.
Sustentou que a preservação de monumentos e sítios históricos possui múltiplas dimensões que transcendem a mera conservação física, actuando como pilares para a identidade, educação e desenvolvimento sustentável, reforçando o sentimento de pertença e memória colectiva.
Já a directora do Instituto Nacional do Património Cultural (INPC), Cecília Bernardo, considera haver alinhamento da perspectiva do Executivo Angolano aos desafios do milénio.
Isso, argumentou, dá passos significativos na produção e aplicação de normas específicas sobre a matéria em apreço e a constante interacção com as organizações da sociedade civil,
designadamente associações de profissionais de museus, associações de professores, profissionais de cariz cultural e científicos.
Informou também sobre a implementação do projecto dos 19 jogos nas escolas a nível nacional, nomeadamente na província de Benguela, Huíla, Cunene e Namibe, “ jogos do sul de Angola” declarado património cultural e material nacional.
Neste projecto já foram formados 400 professores para alavancarem com esses jogos nas comunidades, onde abrange jovens de modo a ensinar sobre o valor da cultura.
No encontro foram abordados quatro painéis, nomeadamente, património cultural de Angola, Educação património, património nas mãos dos jovens e boas práticas, experiências das escolas associadas no Quénia.
Reuniu gestores escolares, professores , estudantes e coordenadores das actividades extra-escolares.
ANGOP