Com 5,5 filhos por mulher, população de Angola dobra a cada 22 anos

A taxa de fecundidade total em Angola é de em torno 5,5 filhos por mulher, uma das maiores do mundo. Esse elevado número médio de filhos por mulher em Angola é um dos principais factores que contribuem para o rápido crescimento populacional no país.

De acordo com dados oficiais do Instituto Nacional de Estatística de Angola (INE), a taxa de natalidade do país é uma das mais altas do mundo, o que tem contribuído para um crescimento demográfico extremamente acelerado.

Segundo o INE, a taxa de natalidade em Angola é de aproximadamente 42,1 nascimentos por 1.000 habitantes, uma das mais elevadas a nível global.

Esse cenário tem resultado em um crescimento populacional anual de cerca de 3,2%, o que significa que a população do país dobra a cada 22 anos.

A alta taxa de fecundidade está relacionada a diversos factores, como:

•⁠ ⁠Baixos níveis de educação, especialmente entre as mulheres
•⁠ ⁠Acesso limitado a serviços de planeamento familiar
•⁠ ⁠Normas socioculturais que valorizam uma prole numerosa
•⁠ ⁠Altos índices de pobreza e falta de oportunidades econômicas

Políticas públicas integradas para enfrentar desafios

O crescimento populacional tem imposto sérios desafios ao desenvolvimento de Angola. Especialistas apontam que para enfrentar os desafios do crescimento populacional acelerado em Angola, é necessário um conjunto de políticas públicas integradas, que abordem não apenas o controle da natalidade, mas também investimentos em moradia, educação, saúde, geração de empregos e desenvolvimento econômico sustentável.

Dados da ONU demonstram que cerca de 60% da população urbana de Angola viva em bairros de lata, musseques e assentamentos precários. Com o crescimento descontrolado da população e a falta de política habitacional este índice tende a aumentar potencialmente nos próximos anos.

O aumento populacional coloca uma enorme pressão sobre a capacidade do governo de fornecer serviços essenciais, como educação, saúde, moradia e saneamento básico, principalmente nas áreas urbanas.

Para piorar, o mercado de trabalho não tem conseguido acompanhar o ritmo de crescimento da população, resultando em altas taxas de desemprego e subemprego, especialmente entre os jovens.

É essencial que o governo angolano actue de forma proativa para implementar políticas que visem à redução da taxa de natalidade, ao mesmo tempo em que investe em melhorias nos serviços públicos e na geração de oportunidades econômicas para a população.

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