Cuangar – Treze toneladas de produtos do campo, como milho, massango, massambala, gergelim, amendoim e jinguba são previstas de ser colhidas, no município do Cuangar, província do Cubango, na presente campanha agrícola 2024/2025.
Para o efeito, foram desbravados mais de 200 hectares e três mil 100 famílias camponesas, incluindo 17 cooperativas, numa altura em que regista, com regularidade, desde o mês passado de Fevereiro em Cuangar, as quedas pluviométricas naquela localidade.
A informação foi avançada, esta quinta-feira, pelo administrador municipal do Cuangar, Benjamim Ndumba João, em declarações à imprensa, no fim de uma visita ao campo da cooperativa dos ex-militares, localizada nas chanas do rio Nelue, a 75 quilómetros da sede do Cuangar.
O administrador sustentou que o Cuangar tem potencial para impulsionar a actividade agrícola, esperando, por isso, que, com a regularidade das chuvas, as famílias camponesas possam garantir maior entrega à actividade.
Prometeu que, para a presente campanha agrícola, no âmbito do Programa de Combate à Pobreza, o Governo irá apoiar a cooperativa dos ex-militares visitada, que tem com 28 trabalhadores.
Precisou que o apoio estará direccionado na questão da perfuração de furos de água, para a irrigação de 55 hectares cultivados, dos mil ainda sustentados pela cooperativa actualmente, no âmbito da intervenção do Executivo sobre a seca no sul do país.
Prometeu trabalhar para que a situação do escoamento dos produtos da cooperativa dos ex-militares, designada “Nondunge Ungawo”, na língua local que em português significa Inteligência é Riqueza, venha a ter o devido apoio, tendo em atenção a distância e a falta de transporte para o efeito.
Tendo em atenção o fenómeno recorrente de estiagem/seca, a administração está engajada em sensibilizar as famílias camponesas a apostarem na cultura das altas, sobretudo pelo facto de existir a invasão de hipopótamos no Cuangar, facto que tem prejudicado constantemente diversas culturas.
Na ocasião, Benjamjm Ndumba João convidou, em função das potencialidades hídricas e terras aráveis existentes naquela municipalidade fronteiriça com a Namíbia, na faixa sul do Cubango, empresários nacionais e estrangeiros para investirem no sector agro-indústria do Cuangar.
Já o presidente da cooperativa Agro-Pecuária dos Ex-Militares Polivalentes Nondunge Ungano, Emílio João, avançou que, antes da ajuda do Executivo com tractor e suas alfaias, em 2022, através do FADA, a cooperativa controlava apenas quatro hectares cultivados.
Mas com os meios em disposição, sustentou, foi possível abrir 55 hectares, onde cultivaram milho, amendoim, gergelim, massango e melancia, com a perspectiva da colheita de 270 toneladas destes produtos do campo.
Para 2026, avançou, a cooperativa, que também congrega famílias Sãn (Kamussequeles), perspectiva desbravar 300 hectares para o cultivo, a par das práticas já mencionadas, de abóbora, soja, batata-doce e rena, girassol, mandioca e feijão.
Indicou que a colheita da campanha agrícola 2024/2025 terá já início em Junho do presente ano, para quem as quedas pluviométricas que caem nos últimos dias garantem maior esperança de uma boa safra, depois de um longo período de seca que afectou as famílias camponesas do Cuangar.
Assegurou que, caso haja apoio contínuo do Executivo, em transporte, furos de água, mais imputes agrícolas e mais um tractor, poderão atingir os cinco mil hectares nos próximos anos.
ANGOP