Maputo, (Lusa) – O desemprego em Moçambique aumentou em 1,8% no quarto trimestre de 2024, com o registo de 190.558 desempregados, contra 187.149 do terceiro trimestre, segundo dados divulgados hoje pelo Governo.
De acordo com o Boletim Informativo do Mercado de Trabalho do Ministério do Trabalho, Emprego e Segurança Social, a que a Lusa teve acesso, os centros de emprego em Moçambique registaram no último trimestre de 2024 um total de 91.215 pessoas em situação de desemprego que procuravam pelo primeiro emprego, sendo que as restantes buscavam por um novo trabalho.
“O desemprego registado por região do país apresenta um perfil que coloca o centro com mais desempregados, na ordem de 36,1%, o sul com 33,4% e o norte com menos desempregados, 30,5%. Observando por sexo, segundo a região do país, o sul apresenta 38,1%, o centro 36,9% e o norte com 25,0% de mulheres candidatas a emprego”, indica-se no documento.
Os dados do Governo indicam ainda que 47,9% dos registados procuravam o primeiro emprego, dos quais 22,9% na província de Nampula, seguida de Tete, com 14%, e Zambézia, com 11,5%.
“No que tange ao novo emprego, registou-se 17,5% em Nampula, seguida de Tete e Maputo com 14,1% e 13,4%, respetivamente”, indica-se no documento.
O Governo moçambicano divulgou também que o emprego baixou em 13,7% no último trimestre de 2024, com registo de 103.834 novos empregos, contra 120.252 no penúltimo trimestre do ano passado.
Segundo o boletim, o centro do país registou mais empregos, com 43,6%, seguido do norte com 30,8% e o sul com 25,6%, do total dos empregos registados, sendo as províncias de Nampula (51,2%), Sofala (40,9%) e Gaza (39,6%) com maiores percentagens.
“Dos empregos registados, 33,3% foram para mulheres”, refere-se no documento.
A mesma fonte indica que pelo menos a contratação da mão-de-obra estrangeira registou um aumento de 2,1% no último trimestre do ano face ao penúltimo, com pelo menos 5.426, contra os 5.316 do terceiro trimestre de 2024.
“Na contratação da mão-de-obra estrangeira por setor de atividade, o comércio a grosso e a retalho, reparação de veículos automóveis e motociclos, registou maior admissão de trabalhadores de nacionalidade estrangeira, representando 43,8% do total, seguido de construção e indústria extrativa com 14,8% e 11,5%, respetivamente”, acrescenta-se no documento.
No boletim indica-se igualmente que pelo menos 22 trabalhadores estrangeiros ilegais foram suspensos no último trimestre do ano, um aumento em 29,4% em relação ao terceiro trimestre, que registou 17 casos.
A cidade de Maputo registou o maior número de casos, com 11, seguida de Sofala, com seis, Manica, com três e província de Maputo, com dois.
“Dos trabalhadores suspensos, 63,6% são do comércio, restaurantes e hotéis, seguido de construção e obras públicas e indústria transformadora com 22,7% e 13,7%, respetivamente”, esclarece-se no mesmo documento.
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