Diagnosticados mais de mil casos de HIV/Sida em nove meses no Cunene

Ondjiva – Mil e 394 casos de HIV/Sida foram diagnosticados no período de Janeiro a Setembro do corrente ano, em diferentes unidades sanitárias da província do Cunene, contra os mil 103 de igual período de 2023.

A informação foi prestada esta segunda-feira, pelo ponto focal da luta contra essa doença no Cunene, Cândida Alcina, durante a abertura da jornada do 1 de Dezembro, Dia Mundial de Luta Contra a Sida.

Cunene tem uma taxa de prevalência do HIV/SIDA de 6,1 por cento de novas transmissões, considerada a maior de sero prevalência do país.

Na ocasião, a responsável explicou que os casos diagnosticados resultaram de um total de 40 mil e 880 testes realizados, menos mil e 861 do período anterior.

Em termos administrativos, disse que o município do Cuanhama liderou o índice de infecções com 568 novos casos, seguido do Ombadja com 391, Namacunde 125, Cahama 45, Cuvelai 32 e Curoca com oito casos.

Cândida Alcina referiu que dos seropositivos testados, mil e 169 iniciaram o tratamento, representando 84 por cento.

Por seu turno, o director em exercício do gabinete da Saúde no Cunene, Félix Sathamba, apontou para necessidade da educação e consciencialização dos cidadãos para vencer a situação do tabu, crenças, desrespeito aos direitos humanos, exclusão, estigma, discriminação entre outros males.

Disse ser fundamental trabalhar na prevenção de conteúdos ligados aos direitos humanos e na humanização dos centros comunitários com abrangência da saúde sexual nas comunidades.

Félix Satyhamba ressaltou ainda a aposta na testagem, para que cada cidadão possa saber do seu estado serológico, pois é triste chegar à unidade em fase de doença.

O responsável disse que apesar da sida ser uma doença sem cura, há necessidade de 95 porcento das pessoas testadas positivas serem enquadradas nas acções de tratamento para que tenham a supressão viral.

“Só com a supressão viral controlada, poderemos garantir a qualidade de vida das pessoas vivendo com o HIV/SIDA”, sustentou.

Sob o lema” siga o caminho dos direitos humanos”, a jornada decorre até ao dia 13 de Dezembro, com palestras, debates, sensibilização e distribuição de preservativos, marcha solidária, entre outras acções.

A data, instituída a 1 de Dezembro de 1987, constitui uma oportunidade para apoiar as pessoas envolvidas na luta contra o HIV e melhorar a compreensão do vírus como um problema de saúde pública global.

ANGOP

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