Angola tornou-se o país mais endividado com a China entre os 54 africanos. Actualmente, a dívida de Angola é de cerca de U$ 20 bilhões com as instituições financeiras chinesas.
Nos últimos dois anos, o país pagou U$ 3 bilhões, conforme dados repassados por membros do governo ao Jornal de Angola. Diante desse cenário, o presidente João Lourenço trata como uma das suas prioridades o pagamento da dívida e a diversificação das fontes de recursos. O objetivo é escapar da dependência chinesa.
“A dívida era maior. Angola vai pagando”, disse o general Francisco Pereira Furtado, um dos quatro ministros de Estado de Angola e chefe da Casa Militar do Presidente da República, em entrevista ao jornal brasileiro Estado de São Paulo.
“Não estamos a nos beneficiar tanto mais da linha de crédito da China. Angola diversificou as fontes de financiamento, temos crédito de bancos de Portugal, de Espanha, de países nórdicos e norte-americanos. Temos de vários países em vários sectores”, afirma.
Entre 2000 e 2020, o volume de recursos emprestados por meio da linha de crédito da China se expandiu e atingiu U$ 42,6 bilhões. Os bancos chineses injectaram recursos em 254 operações de crédito para construção de hospitais, aeroportos, estradas, linhas de transmissão de energia, redes de água e, entre outros, para a estatal petrolífera Sonangol.
Os empréstimos sempre foram lastreados por barris de petróleo, e Pequim tornou-se destino de cerca de 70% da produção angolana. O governo de João Lourenço cessou a prática por recomendação do Fundo Monetário Internacional.
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O país deve mas o povo continua na mesma miséria a pergunta é onde vai o dinheiro da dívida? se o que constatamos é um povo vivendo em miséria.