Angola Viva: Editorial de abertura

ANGOLA, o nosso país, atravessa atualmente um dos seus momentos mais delicados e desafiantes, volvidos pouco mais de 20 anos de paz. É visível, por ser transversal, a frustração geral dos cidadãos face ao período difícil que cada um de nós, à sua maneira, vai vivendo.

DEPOIS DA INDEPENDÊNCIA NACIONAL, proclamada a 11 de Novembro de 1975, o país viveu sempre sob o manto das invasões, da guerra civil e só nos últimos vinte anos esta névoa sangrenta se esfumou no horizonte. Neste momento em que as armas se calaram já faz tempo, muita coisa há ainda por fazer, por pensar, por arquitectar e sobretudo por corrigir e melhorar.

AMIÚDE se pergunta: Haverá, fora do espaço e da arena política onde os gigantes hegemónicos da praça política mwangolé se digladiam sem tréguas todos os dias, um espaço para os “civis” da restante maioria?

Um espaço para aqueles que só querem mostrar a sua arte e/ou ciência; para aqueles que só querem mostrar o que sabem ou aprenderam a fazer no dia- a-dia; um espaço para aqueles que felizes com o pouco que têm, têm também uma voz, uma habilidade, uma opinião não especializada sobre a vida, como se estar nela e o que se deve fazer para que todos nós estejamos bem. Sem o escrutínio mentor das máquinas partidárias. Um espaço para o pleno exercício da cidadania.

PARA ISSO, nada melhor do que um espaço portal para a divulgação dos “saberes” dos cidadãos; dos seus direitos e, claro dos seus deveres, do debate camarada, educado e civilizado; do confronto de ideias. Ideias sobre tudo o que tem a ver connosco, com a nossa Angola, com a África e com o mundo – por que não?

ANGOLA VIVA é este “espaço-arena” da sociedade civil que pretende expor o cidadão de todos os dias. As suas ideias, a sua ciência, o seu saber, as suas habilidades. Afinal de contas, também há vida científica e cultural no nosso país. E se há vida, existem os actores que no dia-a-dia fazem acontecer a ciência, divulgam e ensinam o saber, o conhecimento; produzem o entretenimento, produzem os bens materiais e imateriais indispensáveis à nossa sobrevivência. Cuidam de nós quando estamos enfermos, cuidam do saneamento das nossas comunidades, enfim, cuidam de todos nós!

ONDE estãos estes actores? Quem são? Onde vivem? Como estão? O que pensam? Quais são os seus sonhos? Quais são as suas propostas de solução? São nacionais, são residentes, vivem no estrangeiro, são estrangeiros residentes, não são nacionais?

Que importa!!! Estes existem e são cidadãos normais e que apenas querem, no alto da sua modéstia, viver e cuidar das suas famílias e do próximo, da humanidade, de todos nós que amamos verdadeiramente este país. Querem professar a sua religião, o seu conhecimento, e habilidade natas ou inatas. Acreditamos que gostariam de aparecer, contribuindo e mostrando aquilo que sabem fazer melhor.

O PORTAL DE CONTEÚDOS “Angola Viva” é aquele seu espaço-arena que infelizmente, desde o advento da nossa independência nacional, nos tem sido negado. É o SEU espaço-arena para o exercício livre e pleno da sua cidadania. Não comercial, “partidarizado”. Apenas de exposição de conteúdos, de opinião e debate. O seu espaço-notícia.

Você, com o tempo, encontrará aqui tudo o que precisar sobre o andar e pulsar da nossa VIVA sociedade.

SEJA BEM-VINDO ao ANGOLA VIVA, contribuindo com seu artigo de opinião, sugestões, reportagem, notícia ou mesmo só consumindo os conteúdos que procuraremos expor ao longo do tempo. Vamos, sempre, nos pautar pela ética e valores da democracia republicana: da liberdade de expressão, da sã convivência e do respeito e paz entre o que nos iguala: ANGOLA.

BEM HAJA!!!

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