Falta de infraestruturas é obstáculo ao progresso de África

Luanda, (Lusa) – O presidente em exercício da União Africana e chefe de Estado angolano afirmou hoje que a ausência de infraestruturas constitui um dos maiores obstáculos ao progresso de África e anunciou uma cimeira dedicada ao financiamento para outubro em Luanda.

João Lourenço reuniu-se hoje na capital angolana com responsáveis da Aliança de Instituições Financeiras Multilaterais Africanas (AAMFI, sigla em inglês), representantes da Comissão Executiva da Nova Parceria para o Desenvolvimento de África (NEPAD) e da Comissão da União Africana para discutir a situação do continente quando afirmou que a falta de infraestrutura gera diversos obstáculos para o desenvolvimento e progresso de África.

Na abertura do encontro, João Lourenço considerou que se trata de uma iniciativa “de grande relevância” que visa aprofundar a reflexão sobre os mecanismos de operacionalização do Fundo de Desenvolvimento da Agenda da União Africana 2063 e anunciou a realização em outubro deste ano, da 3.ª cimeira sobre financiamento de infraestruturas em África, constatando “uma grande carência” nesta área.

Segundo João Lourenço, o continente africano enfrenta o desafio da paz e segurança, mas sobretudo o de desenvolvimento económico e social.

“África enfrenta uma grande carência em matéria de investimento e financiamento de infraestruturas rodoviárias, ferroviárias, portuárias, aeroportuárias, energéticas, de telecomunicações e outras, sem as quais não alcançaremos as metas de desenvolvimento que pretendemos”, frisou.

O presidente em exercício da União Africana salientou que a Agência de Desenvolvimento da União Africana (AUDA-NEPAD) foi mandatada para liderar a criação do Fundo de Desenvolvimento da Agenda 2063 da organização, para mobilizar recursos financeiros, tanto públicos como privados, e apoiar os esforços de desenvolvimento de África.

“É por isso que esta reunião tem um caráter tão estratégico e representa um sinal claro de que a África está pronta para assumir o controlo do seu destino, através de soluções africanas para os desafios do nosso continente”, vincou.

O objetivo da reunião estratégica é obter dos membros da Aliança propostas concretas sobre a estruturação e gestão do Fundo, a estratégia de mobilização de recursos, os mecanismos complementares às instituições financeiras existentes e o modelo de colaboração entre a AUDA – NEPAD e a AAMFI, acrescentou João Lourenço.

Sobre a cimeira prevista para outubro, em Luanda, em colaboração com a AUDA-NEPAD, João Lourenço manifestou o desejo de contar com o apoio da AAMFI na identificação de projetos estruturantes, com potencial para acelerar o desenvolvimento sustentável e integrado do continente e a estruturação dos respetivos financiamentos.

NME // JMC

Lusa/Fim

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