Formador defende fundo financeiro para criação de startups

Luanda – O coordenador do Projecto de Formação de Empreendedores Envolver, Jorge Chaves, defendeu esta segunda-feira, em Luanda, a criação, por parte do Executivo, de um fundo financeiro para o desenvolvimento de startups, de modo a dinamizar a actividade empreendedora em Angola.

Em declarações à ANGOP a propósito do “empreendedorismo no seio da juventude”, Jorge Chaves que defendeu a criação do fundo para o desenvolvimento de startups, destacou a importância do empreendedorismo e a aposta dos jovens nesse segmento, considerando um mecanismo de geração de rendimento e de auto-emprego.

Disse que a criação do fundo poderá contribuir para um ambiente propício para novos modelos de negócios, essencial para a diversificação da economia nacional.

Jorge Chaves considerou fundamental que os projectos viáveis desenvolvidos por jovens sejam melhor aproveitados para estimular o surgimento de mais empresas, uma vez que existem muitas pessoas capacitadas nessa franja da sociedade, com elevado nível de criatividade e sentido empreendedor, que precisam apenas de incentivo para expandir o conhecimento e criar empresas.

Segundo o coordenador do projecto, é igualmente necessária a implementação de políticas de incentivo neste segmento, bem como a construção de uma academia para formação e controlo das potencialidades, por localidades.

Apontou as áreas da prestação de serviços, comércio, tecnologias de informação e comunicação (TIC), estética, agricultura, construção civil, imobiliária e marketing digital como sendo as de maior interesse para investimento por parte dos jovens.

“Existem muitos empreendedores que possuem uma estrutura sólida para o seu negócio, necessitando somente de capital financeiro para erguer o projecto”, afirmou, defendendo maior abertura dos bancos para o acesso ao crédito, com baixas taxas de juros.

Referiu que o projecto Envolver formou vários jovens nas províncias de Luanda, Benguela, Cuanza-Sul, Huambo e Huíla, sendo visível o interesse dos mesmos em empreender.

Já o economista Osvaldo Funa, igualmente instado a pronunciar-se sobre o tema, manifestou o desejo de abertura e desburocratização do acesso ao financiamento para esta franja, sobretudo aos que se dedicam ao empreendedorismo.

Para o especialista, o Executivo deve implementar políticas para empoderar pequenas empresas de jovens empreendedores para que possam surgir cada vez mais empregos, tendo em conta que estas organizações, tal como as médias e grandes empresas, contribuem no crescimento económico, bem como promovem o desenvolvimento das localidades.

No seu entender, uma vez implementadas, essas medidas podem servir, ainda, como mecanismo para se aprimorar as práticas e maturação dos produtos e serviços, para melhor proveito.

ANGOP

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