Frelimo defende “valorização das conquistas” da independência em Moçambique

Maputo, (Lusa) – A Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, defendeu hoje a “valorização das conquistas” da independência, apelando ao “amor pátria”, quando se assinala o Dia dos Heróis em meio a uma crise pós-eleitoral.

“A Frelimo, porque se revê na vida e obra deste distinto filho da pátria amada, exorta a todos os compatriotas a cultivarem o amor à pátria e a valorização das conquistas que constituem o legado destes nobres combatentes”, refere o partido no poder desde a independência em Moçambique (1975), numa nota que assinala a efeméride.

O feriado do Dia dos Heróis é comemorado num contexto em que o país atravessa a pior crise pós-eleitoral desde as primeiras eleições, em 1994, um período marcado por protestos, manifestações e paralisações, convocadas pelo ex-candidato presidencial Venâncio Mondlane, que rejeita os resultados, com confrontos violentos entre a polícia e os manifestantes, além de saques e destruição de equipamentos públicos e privados.

Para o partido no poder em Moçambique, a efeméride deve constituir um momento para o “aprofundamento dos nobres valores cristalizados no espírito dos heróis nacionais”, entre os quais a unidade nacional e a paz.

“A Frelimo advoga que é fundamental que cada moçambicano assuma que a sua dignidade e a condição de moçambicanidade dependem da sua participação no processo de desenvolvimento económico e social do país”, lê-se ainda na nota.

O Estado moçambicano consagrou o dia 03 de fevereiro como Dia dos Heróis em homenagem ao fundador da Frente de Libertação de Moçambique (Frelimo), partido no poder, Eduardo Mondlane, assassinado nesta data em 1969.

Eduardo Mondlane morreu quando uma bomba escondida num livro que tinha nas mãos explodiu, num atentado atribuído à extinta Polícia Internacional e de Defesa do Estado (PIDE), entidade do regime colonial português.

A crise pós-eleitoral que o país hoje atravessa resulta da contestação aos resultados proclamados das eleições gerais de 09 de outubro, que deram a vitória a Daniel Chapo, apoiado pelo partido no poder e já empossado como quinto Presidente de Moçambique.

De acordo com a plataforma eleitoral Decide, organização não-governamental que acompanha os processos eleitorais em Moçambique, nestes protestos, nos últimos três meses, há registo de pelo menos 315 mortos, incluindo cerca de duas dezenas de menores, e pelo menos 750 pessoas baleadas.

EAC // CAD

Lusa/FIm

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