Luanda, (Lusa) – A Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC) rejeitou hoje qualquer ligação a um grupo de cidadãos angolanos, que tinha a suposta intenção de atacar alvos em Luanda, entre os quais a Presidência da República.
Em comunicado assinado pelo secretário-geral da FLEC/FAC, Jacinto António Télica, distribuído hoje à imprensa, a FLEC desmentiu “com veemência as declarações fantasistas” em conferência de imprensa, sábado, do porta-voz do Serviço de Investigação Criminal (SIC), Manuel Halaiwa.
No sábado, as autoridades angolanas anunciaram o desmantelamento de um grupo subversivo que pretendia atacar alvos estratégicos como a Presidência da República, a refinaria de Luanda e a embaixada norte-americana, durante a visita do ex-Presidente norte-americano Joe Biden, tendo apreendido 10 explosivos.
“A Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC) recorda, uma vez mais, que operamos exclusivamente em Cabinda, sendo Angola outro Estado em que a FLEC não se envolve nos seus problemas internos”, referem na nota.
De acordo com o comunicado, o porta-voz do SIC “deveria ter referido que a FLEC combate Angola como potência colonizadora e ocupante de Cabinda exclusivamente em Cabinda, e não criar relações imaginárias e inexistentes da FLEC com outras organizações”.
Para a organização independentista, as declarações do porta-voz do SIC “demonstram a obsessão doentia crónica das autoridades angolanas, em apontarem incessantemente à FLEC toda a responsabilidade, direta ou indireta, do mal-estar da sociedade angolana e do clima de insegurança em Angola”.
“Com esta obsessão, as autoridades angolanas tentam compulsivamente ocultar a sua incapacidade e ineficácia das operações militares na ocupação e repressão de Angola em Cabinda, mas também da incapacidade total do Presidente, João Lourenço, e do Governo angolano em resolver qualquer tipo de crise e conflito, seja em Cabinda, no interior de Angola ou no exterior”, sublinham no documento.
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