Lubango – O governador da Huíla, Nuno Mahapi, defendeu, esta sexta-feira, no Lubango, “urgência” na adopção de medidas eficazes de combate ao roubo e ao furto de gado na região, mediante punições “mais duras”, de modo a devolver a segurança nas zonas rurais.
O governador manifestou tal posição no fórum “Agro, Caminho Para o Futuro”, no âmbito da Expo-Huíla e da Feira Agro-pecuária, eventos das Festas de Nossa do Monte, que teve como objectivo reunir especialistas, produtores, investidores para discutir sobre inovações e práticas sustentáveis no segmento agro.
Segundo o governante, o roubo de gado é um dos problemas graves que assolam as comunidades rurais da província da Huíla, gerando insegurança alimentar e social, além de prejudicar o desenvolvimento económico da província, perdas financeiras significativas aos pecuaristas e desestimula os investimentos no sector.
“Por isso, é urgente que as autoridades adoptem medidas eficazes para combater esses crimes, fortalecendo a segurança nas zonas rurais e punindo exemplarmente os infractores”, salientou, apelando para a necessidade de maior participação da comunidade, através de redes de vigilância e denúncias.
Para o gestor, a agricultura e a pecuária são pilares fundamentais da economia nacional e um dos principais motores do desenvolvimento do país, por isso o devem ser potencializados para contribuir no progresso da sustentabilidade da província.
No mesmo quadro, o secretário do Presidente da República para o sector produtivo, Isaac Francisco Maria dos Anjos, salientou que na dimensão dos crimes de roubo e furto de gado, “o desafio é grande”, dada a legislação em vigor no país.
“A título de exemplo, se um cidadão roubar uma cabeça, não é preso, o Procurador, não considera que o crime seja suficientemente grande para ser punido e, portanto, vai libertá-lo e o empresário sente-se abandonado pelo sistema”, enfatizou.
Número das autoridades policiais aponta, que a província da Huíla regista uma média de 30 roubos e furtos de gado por mês, que lesam os pecuaristas em mais de 100 cabeças, cujo destino tem sido os mercados de abate.
A Feira do Gado encerra neste domingo.
Por: ANGOP
