Dundo – A governadora da Lunda-Norte, Filomena Miza, apelou, esta terça-feira, ao apoio das empresas do subsector diamantífero, que operam na província, no desenvolvimento da agricultura, visando o aumento da produção na região e segurança alimentar e nutricional da população.
Em declarações à imprensa no final do encontro alargado com a direcção da ENDIAMA E.P. e gestores das empresas diamantíferas que operam na região, Filomena Miza realçou que a província dispõe de um potencial agropecuário que carece de investimentos e o subsector dos diamantes pode alavancar o sector e transformar a Lunda-Norte num celeiro.
Segundo a governante, a província carece de uma brigada de mecanização agrícola para a preparação de terra, evitando que os produtores o façam manualmente, um problema que pode ser ultrapassado com a conjugação de esforços entre o o governo e o sector privado, no caso a indústria extractiva de diamantes.
“A fome e a pobreza não se combate com os diamantes, mas sim com a agricultura, por isso apelamos a sensibilidade das empresas mineiras no sentido de olharem para este sector e disponibilizarem os apoios necessários para nos tornarmos auto-suficiente em termos de produção de alimentos”, sublinhou.
Por outro lado, considerou satisfatórios os resultados produzidos na reunião, augurando que os acordos formados sejam materializados.
Exortou as empresas a domiciliar as suas sedes e receitas fiscais na província.
No encontro as partes concordaram que doravante será elaborado anualmente um plano de responsabilidade social, com vários projectos a serem financiados através da Fundação Brilhante, face social do subsector dos diamantes.
Durante a reunião foram também analisados os despedimentos sem justa causa, más condições de trabalho, falta de seguro de saúde aos colaboradores e seus dependentes e a situação dos ex-trabalhadores dos Projectos mineiros paralisados (Fucauma, Luarica, Luxinge, SML e Yetwene).
ANGOP