Governo projecta modelo de conservação de estradas para 2026

Luanda – O Governo angolano prevê implementar, em 2026, o novo modelo de manutenção e conservação de infra-estruturas rodoviárias, cujo projecto-piloto contempla mais de quatro mil e 36 quilómetros de estradas, anunciou esta sexta-feira, em Luanda, o secretário de Estado para as Obras Públicas, Manuel D´Abril.

Ao intervir na sessão temática número 40 promovida pelo Ministério das Telecomunicações, Tecnologia de Informação e Comunicação Social, o dirigente sublinhou que o novo modelo, a ser aprovado este ano, será misto, contemplando a conservação e manutenção através da concessão de troços de estradas.

Avançou que a conservação corrente das estradas vai ser feita por meio de pequenas empresas e brigadas de conservação de estradas.

Acrescentou que o modelo proposto poderá ser implementado de forma faseada, sendo a primeira realizada através de um projecto-piloto de conservação e manutenção de estradas, priorizando os troços de estradas de maior volume de tráfego pesado.

O secretário de Estado referiu ainda que esse projecto visa adoptar um modelo de conservação e manutenção de estradas que permita assegurar maior qualidade nos trabalhos realizados e maior durabilidade das intervenções efectuadas.

“Propõe-se um modelo de contratação com base no estabelecimento de contratos plurianuais, que contemplem a realização dos trabalhos de reabilitação e conservação das estradas, o desempenho das entidades contratadas e estabeleçam a obrigação de resultados pré definidos ao longo do período contratual”, realçou.

Por outro lado, o dirigente disse que, relativamente ao programa de conservação da faixa de domínio das estradas, prevê-se a contratação de trabalhos para a manutenção de mil e 598 quilómetros de estrada, no primeiro ano, em diversas províncias do país, sendo de forma crescente à taxa de mil e 500 quilómetros por ano, nos cinco anos seguintes, perfazendo um total de sete e 598 Km.

Fez saber que os contratos de conservação concessionada têm uma duração de cinco anos e os contratos de conservação da faixa de domínio um ano de duração.

Lembrou ainda que, em 2019, foram priorizados os projectos inseridos no Plano de Salvação de Estradas (PSE), que contemplava a reabilitação e conservação de mil e 822 quilómetros.

Em relação ao Estado de conservação da rede de estradas nacionais asfaltadas, o responsável recordou que o trabalho de inventário e diagnóstico sobre o estado de conservação dos pavimentos, referente a cerca de 10 120 km da rede de estradas nacionais, revelou que cerca de 35% dos pavimentos avaliados se encontravam em estado de ruína.

Quanto aos projectos em curso, destacou 26 projectos de construção e reabilitação de infra-estruturas rodoviárias, numa extensão aproximada de 2 132 km.

A par disso, apontou também a construção das estradas circulares do Sumbe e do Lubango, numa extensão de 76,9 km e reabilitação de 98,2 km de vias urbanas na cidade de Luanda.

De acordo com o secretário de Estado, a rede de estradas nacionais dispõe de um estado transitável e de conservação variável, estando actualmente asfaltados mais de 12 mil km, que representam cerca de 43,7% da extensão total de estradas nacionais.

Realçou que foram construídas 851 pontes definitivas, correspondendo a extensão de 33 mil e 724 metros e montadas 364 pontes metálicas provisórias, correspondendo a extensão de 10 150 metros.

As sessões temáticas realizadas no Centro de Imprensa Aníbal de Melo (CIAM) enquadram-se no programa do Executivo, visando o reforço da relação com os cidadãos.

ANGOP

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