Ondjiva – A necessidade de se reflectir mais em torno da liberdade e democracia, para homenagear o legado do antigo Presidente sul-africano, Nelson Mandela, foi defendido esta quinta-feira, em Ondjiva, pelo historiador Ernesto Cambida.
Em declaração à ANGOP, a propósito do Dia Internacional de Nelson Mandela, disse que a celebração da data é um momento que promove a reflexão sobre a vida do estadista considerado defensor da dignidade, dos direitos humanos e da garantia da justiça, igualdade social, política e económica das pessoas negras.
De acordo com o historiador, Nelson Mandela foi um estadista que depois de 27 anos de cadeia, devido a luta contra o regime do apartheid, fez de tudo para que a segregação racial fosse interrompido, criando uma geração “arco íris”.
Ernesto Cambida realçou ainda a liderança democrática e espírito humanista, que desempenhou pela liberdade do seu povo e outros da Região Austral, garantindo a paz duradoura, sem no entanto permitir acções de retaliação aos brancos.
Estes e outros feitos, salientou, permitiu que o mesmo fosse atribuído o Prémio Nobel da Paz em 1993.
Por este facto, realçou a necessidade de se divulgar mais sobre os feitos desta figura internacionalmente reconhecida, às presentes e futuras gerações, para que a sua história permaneça viva.
Lembrou que a luta contra o regime autoritário que vigorou na África do sul, teve seus contornos internacionais, sublinhando que o Cunene é uma das províncias que sofreu bastante pela evasão na década de 80.
Este marco, destacou, forçou a retirada política e geográfica do Cunene para Castanheira de Pêra, província da Huíla, fazendo com que a sua população refugia-se em outros pontos do país e da Namíbia, e por consequente a regressão sócio-economica da região.
Nascido a 18 de Junho de 1918, em Mvezo, África do sul e falecido a 5 de Dezembro de 2013 em Joanesburgo, Nelson Mandela, foi o primeiro presidente negro a chegar a presidência sul-africana em 1994, depois de mais de 20 anos de cadeia.
Nelson Mandela é mundialmente reconhecido como o grande impulsionador da luta contra o apartheid, e por ter colocado a sua vida ao serviço da humanidade, sendo que em 1993 foi galardoado com o Prémio Nobel da Paz.
A data proclamada através da Resolução 64/13 adoptada na Assembleia Geral das Nações Unidas de 10 de Novembro de 2009, após consenso de 192 países membros, visa reflectir sobre a necessidade de união, de compreensão, de respeito pela diferença e pela tolerância entre todos os seres humanos.
Por: Angop.