Lubango – A paralisação da ligação ferroviária entre Lubango (Huíla) e Menongue (Cubango), depois da chuva ter arrastado mais de 60 metros da plataforma, completa hoje, segunda-feira, 51 dias, ainda sem sinais de retoma.
Contactada pela ANGOP, a direcção de comunicação do Caminho-de-ferro de Moçâmedes (CFM) não se pronunciou sobre o assunto, mas uma fonte da empresa disse que a obra da ligação ferroviária Lubango e Menongue está na fase de construção de uma ponte de betão, na zona onde foram arrastadas as manilhas de escoamento das águas pluviais.
A mesma fonte assinalou que já foram erguidos os pilares de sustentação, que estão na fase de maturação do betão, para depois se colocar o tabuleiro, trabalho que deve durar mais um mês. A previsão inicial da solução do problema apontava para 45 dias.
A circulação foi suspensa a 28 de Dezembro, outra vez, devido à obstrução total da passagem hidráulica nas zonas da Olivença e Capembe, como consequência da forte chuva.
A quantidade de água acabou por danificar a plataforma ferroviária, no quilómetro 306, inviabilizando a passagem do comboio entre Lubango e Quipungo.
Para não paralisar de forma total a circulação dos comboios, o CFM manteve a operacionalidade entre Matala (Huíla) e Menongue (Cuando Cubango), assim como nos seus municípios interligados, concretamente no Cuvango e Cuchi, bem como a circulação entre Matala e Tchamutete.
A circulação ferroviária Lubango/Menongue já tinha sido interrompida em Novembro último, na mesma zona de Olivença, no município de Quipungo (Huíla).
O CFM transporta, em média, mais de 400 mil pessoas por trimestre e, actualmente, além de ligar o Lubango ao Namibe, tem serviços semanais até Menongue, escalando as estações de Quipungo, Matala, Jamba e Cuvango (Huíla), bem como Cuchi (Cuando Cubango), num traçado de 806 quilómetros.
ANGOP