GENEBRA (Reuters) – O embaixador de Israel na ONU em Genebra levantou “veemente objeção” ao discurso do Irã no Conselho de Direitos Humanos antes das negociações com seus colegas europeus para tentar acalmar o conflito, de acordo com uma carta vista pela Reuters.
“Conceder a palavra ao ministro das Relações Exteriores do Irã perante este órgão continua a minar a credibilidade do conselho e constitui uma traição flagrante às muitas vítimas desse regime em todo o mundo”, disse Daniel Meron, embaixador de Israel em uma carta endereçada ao presidente do conselho de Direitos Humanos da ONU, Jurg Lauber.
O conselho disse nesta sexta-feira que o ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi, deveria fazer uso da palavra. Pouco depois, ele deve se reunir com o chefe de política externa da UE e seus colegas do Reino Unido, França e Alemanha, a fim de diminuir a escalada do conflito.
Na carta, Meron acusa o Irã de usar o conselho como um palco internacional para “promover a campanha despótica do regime”.
Na quarta-feira, o embaixador iraniano na ONU em Genebra se dirigiu ao conselho e acusou os ataques israelenses de representarem um ato de “guerra contra a humanidade”.
Israel iniciou ataques ao Irã na sexta-feira da última semana, dizendo que seu objetivo era impedir que o inimigo de longa data desenvolva armas nucleares. O Irã retaliou com ataques de mísseis e drones contra Israel e afirma que seu programa nuclear é pacífico.
(Reportagem de Olivia Le Poidevin)
Por Olivia Le Poidevin
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