Ondjiva – O historiador Atanásio Ndafimana, apelou este domingo, na província do Cunene, a juventude angolana, independentemente das convicções políticas, a fortalecer o sentimento de amor à pátria para dignificar a memória dos precursores da luta pela libertação.
Em declarações à ANGOP, a propósito do 4 de Fevereiro, dia do Início da Luta Armada da Libertação Nacional, disse que para manter viva a importância da luta pela liberdade é fundamental reforçar o espírito patriótico.
Afirmou que lembrar os feitos do longo do processo de libertação de Angola é um exercício patriótico, que deve motivar a nova geração a participar de forma activa no processo de desenvolvimento sócio-económico.
Infelizmente devidos às conjunturas políticas e os acontecimentos relacionados à invasão estrangeira e guerra civil vivida há mais de 27 anos, esclareceu, os anseios da luta pela independência não foram alcançados, mas com o clima de paz é preciso que todos contribuam para o progresso da nação.
Sublinhou que para além da liberdade, um dos marcos da luta pela Independência Nacional é o desenvolvimento, nesta senda a juventude deve ter isto como uma alavanca para o desenvolvimento pessoal, profissional, regional e global de Angola.
“Se os nacionalistas lutaram para liberdade nós vamos continuar a consolidar esta liberdade, pautando por um clima político aceitável, umas vez que Angola está virada para uma nação democrática e de direito”, sustentou.
Entretanto, destacou os acontecimentos do 4 de Fevereiro de 1961, que tem uma grande relevância política que subscreve a história das intensas lutas de resistência para vitória contra o regime colonialista português.
Disse que a acção resulta das várias conjuntura política social na época em que existia muitos movimentos a nível da África que reclamavam pela sua independência devido a pressão sofrida pelos países colonizadores.
Lembrou que foi na madrugada desta data que um grupo de mais de 200 cidadãos angolanos, armados de catanas e outras armas brancas desencadearam uma série de ataques a várias cadeias para libertar os nacionalistas considerados presos políticos pelo regime português.
Estes ataques abrangeram a casa de reclusão militar, as cadeias da PIDE e da 4ª esquadra policial de segurança pública, bem como a Emissora Oficial de Angola em Luanda.
ANGOP