Mais de 5.000 espetadores esperados hoje no festival marrabenta

Maputo, (Lusa) – Mais de 5.000 espetadores são esperados hoje e segunda-feira na 18.ª edição do festival do ritmo moçambicano marrabenta, que vai juntar cerca de 200 artistas moçambicanos para “celebrar suas raízes musicais”, disse hoje à Lusa fonte da organização.

“Esperamos atrair um bom número de espetadores, com a meta de superar os 5.000 do ano passado”, disse à Lusa Paulo Sithole, responsável da organização pelo festival de marrabenta.

Dos nomes que fazem parte da edição, inclui-se Yolanda Chicane, Zoco Dimande, Fokiss Júnior e Roberto Chitsondzo que, nos dois dias do festival, vão complementar a lista dos cerca de 200 artistas que vão atuar.

O espetáculo de hoje terá lugar no distrito de Marracuene, na província de Maputo, em que o festival junta-se às celebrações da cerimónia do ‛Gwaza Muthiniˊ, que representa um dos focos da resistência contra a ocupação colonial portuguesa, com confrontos entre forças locais e de Portugal, registados em 02 de fevereiro de 1895.

No mesmo dia, como já é habitual em todas as edições, haverá o‛comboio Marrabentaˊ, em que o meio de transporte ferroviário que liga Maputo a Marracuene parte da estação central às 13 horas locais (mais duas em Lisboa) transportando amantes deste estilo musical para o local do evento, em Marracuene, num ambiente de festa musical.

“A paixão pela música e pela cultura local é a principal força motivadora. A dedicação da equipa organizadora, o apoio da comunidade e a vontade de celebrar nossas raízes musicais também são fundamentais”, explicou à Lusa Paulo Sithole, indicando que é objetivo do festival promover um encontro musical entre vários profissionais das artes e o público.

Em 03 de fevereiro, dia dos heróis moçambicanos, o último do evento, as atuações terão lugar no Centro Cultural Moçambique-China, na capital do país, em que a organização vai introduzir a iniciativa ‛Xitiku Marrabentaˊ (fogueira marrabenta) que visa, explicou Sithole, juntar no mesmo palco artistas da velha guarda e emergentes para tocar, cantar, debater e ensinar a execução de instrumentos musicais que são tocadas no ritmo marrabenta.

“O festival também é um contributo para paz, harmonia social e tolerância entre os moçambicanos e pretende contribuir para o desenvolvimento da cultura sem olhar para nenhum tipo de discriminação”, acrescentou Sithole.

Marrabenta é ritmo criado ainda no tempo colonial em Moçambique e muito popularizado por vários músicos, tornando-se um símbolo da cultura do país, principalmente na região sul.

PYME // JMC

Lusa/Fim

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